Hoje trago-vos uma nova poet(is)a natural do Barreiro. Melhor, não será uma nova poeta, ela é-o quase desde que nasceu, eu é que apesar de termos nascido as duas no Barreiro e cá vivermos só a conheci no Sábado passado no lançamento do seu novo livro de poesia cuja capa aí está. Memórias do meu rio, é um livro de poemas e fotografias em que a autora mistura sentires pessoais com as memórias da nossa terra. Transcrevo o poema da página 42.
Sufoco!
Vendam-me os olhos,
Põem mordaça em minha boca,
Calam-me os sentidos.
Sou mais uma emparedada,
Para que o espaço
Que me pertence
Seja só meu
E me abandone ao vazio.
Tapam-me os olhos,
Janelas da alma,
Calam-me a boca,
Porta do meu mundo.
Nem uma lágrima,
Nem um grito me deixam ficar.
Biografia