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terça-feira, 31 de dezembro de 2019
MENSAGEM DE ANO NOVO
O bebé que aqui representa o novo ano, é esta vossa amiga com 5 meses de idade.
A todos os AMIGOS que costumam passar por este cantinho. Aos que vêm aqui há anos, e aos que chegaram há dias. Aos que me lêem e comentam, e aos que partem sem dizer nada. Aos que vem todos os dias e aos que passam uma vez por outra. Aos que me conhecem pessoalmente e aos que apenas me conhecem virtualmente. A TODOS desejo que 2020 seja um ano muito feliz. Que ele vos traga ALEGRIA e SAÚDE.
Deveria acrescentar PAZ, e FELICIDADE? Decerto que sim. Mas penso que ALEGRIA e SAÚDE resume tudo o que a humanidade precisa. Porque quem está alegre, é porque se sente FELIZ, e tem PAZ, PÃO, e LIBERDADE, não é mesmo? E se a par disso tem SAÚDE, que pode desejar mais? A juventude é claro, mas já pensaram se estariam dispostos a perder tudo o que já viveram? Trocariam a alegria de serem pais e avós a troco da incerteza do que poderia ser o futuro que essa juventude vos daria?
Bom então que seja um ano excepcional para todos vós.
segunda-feira, 23 de dezembro de 2019
MENSAGEM DE NATAL
Reedição
A minha mensagem de Natal deste ano é uma reedição do ano passado. Porque mais um ano passou e o espírito de Natal continua perdido pelas grandes superfícies comerciais, e eu continuo a pensar no mesmo
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Estamos a poucos dias do Natal. Todo o mundo anda atarefado com as últimas compras, as últimas prendas. É o bacalhau ou o polvo para a ceia, o peru ou o cabrito para o almoço, a prenda para o pai, ou o avô, que se tinha esquecido.
E os presentes, alguém se lembra dos presentes?
- Ora essa, - dirão vocês. Pois não estão lá já amontoados debaixo da árvore?
E eu responderei. “Não, Isso são as prendas” E não me olhem com essa cara de quem está a pensar, que estou caduca, já não sei o que digo. Porque presentes não são a mesma coisa que prendas. Presentes não têm preço, ao contrário das prendas que muitas vezes se compram com sacrifício e quantas vezes nem agradam a quem as recebe. Presentes não se encontram nas lojas dos grandes centros comerciais. Nem tão pouco nas lojas de bairro. Presente é a mão amiga que se pousa em silêncio, num ombro entre-cortado por soluços. Presente, é o telefonema que alguém recebe, sem assunto, mas que quebrou a sua solidão e levou um pouco de alegria à sua vida. Presente, são os cinco minutos de atenção que alguém esquecido recebe, é o beijo que se dá sem ser esperado, um abraço que partilha a alegria e torna a dor mais suportável. Presente, é o receber um gesto de amor, sem ser mendigado.
E nem precisa ser Natal para sermos generosos e distribuir estes presentes. Afinal o Natal, pode e deve ser vivido durante o ano inteiro.
Um Santo e Feliz Natal, e que 2020 seja o melhor ano das vossas vidas.
E eu responderei. “Não, Isso são as prendas” E não me olhem com essa cara de quem está a pensar, que estou caduca, já não sei o que digo. Porque presentes não são a mesma coisa que prendas. Presentes não têm preço, ao contrário das prendas que muitas vezes se compram com sacrifício e quantas vezes nem agradam a quem as recebe. Presentes não se encontram nas lojas dos grandes centros comerciais. Nem tão pouco nas lojas de bairro. Presente é a mão amiga que se pousa em silêncio, num ombro entre-cortado por soluços. Presente, é o telefonema que alguém recebe, sem assunto, mas que quebrou a sua solidão e levou um pouco de alegria à sua vida. Presente, são os cinco minutos de atenção que alguém esquecido recebe, é o beijo que se dá sem ser esperado, um abraço que partilha a alegria e torna a dor mais suportável. Presente, é o receber um gesto de amor, sem ser mendigado.
E nem precisa ser Natal para sermos generosos e distribuir estes presentes. Afinal o Natal, pode e deve ser vivido durante o ano inteiro.
Um Santo e Feliz Natal, e que 2020 seja o melhor ano das vossas vidas.
segunda-feira, 16 de dezembro de 2019
MARIA ROSA COLAÇO - PRENDA DE NATAL
PRENDA DE NATAL
Dou-te um pão
e uma flor,
dou-te um búzio
e um beijinho.
Dou-te uma canção
de amor
e um peixe pequenino.
Outro beijo
e uma estrela,
uma história
de encantar,
e um navio azul
para poderes viajar.
Abre as mãos!
Abre os olhos
e o coração
neste dia
e atravessa
também
nossa ponte de alegria.
Esta praia,
esta margem,
são um lugar
construído,
onde pode ancorar
todo o sonho
prometido.
Os da terra
e os do mar
juntos
na mesma sede,
os reis, os pescadores
puxando
a mesma rede.
Leva o beijo,
leva a estrela,
leva também o sonho
e um sorriso contente.
E pede ao Menino Jesus
que fique entre nós
para sempre.
Maria Rosa Colaço
AQUI a biografia da autora
sexta-feira, 13 de dezembro de 2019
HENRIQUETA LISBOA
NATAL
Vejo a estrela que percorre
a noite larga.
Vejo a estrela que perturba
fundos mares.
Vejo a estrela que revela
a eternidade.
Mas para onde foi a estrela
contemplada?
Para onde foi no momento
mais amargo?
Em que cimos ora habita
que debalde
a procuro nestas frias
orvalhadas?
Vejo a estrela – tão de súbito! – ao meu lado.
Vejo os olhos do Menino
desejado.
Henriqueta Lisboa
AQUI a biografia da autora
segunda-feira, 9 de dezembro de 2019
SOLEDADE MARTINHO COSTA
Outros Natais
Onde a magia dos
Natais de outrora
O presépio dos olhos
da infância
São José, a Virgem, o
Menino
Figuras modeladas
Quase gente
A mostrar-se ao
espanto
Dos pastores que
vinham
Em fila pelo musgo dos
caminhos
Para ofertar cordeiros
e presentes.
Onde a azáfama do
rumor das mãos
Nos alguidares de
barro onde a farinha
A abóbora, os ovos, o
fermento
Tomavam forma e gosto
tão distantes.
Aonde o sono arredio
que não vinha
Nessa Noite Sagrada em
que os pinheiros
Choram saudades de
bosques e de estrelas
Sob a caruma de luzes
e de enfeites.
Onde o mistério que
seguia os passos
Dos adultos no ranger
das tábuas
Em nossos passos
furtivos de criança
Na ânsia de encontrar
em qualquer canto
De barbas e de saco o
Pai Natal.
Quantos Natais assim
em que a Família
Se reunia inteira à
grande mesa
Da sala de jantar tão
velha e gasta
Mas que nessa noite
por magia
Transformava em
cristal os vidros baços.
Quantos presépios
retidos na memória
Quantos aromas ainda a
Consoada
Quantos sons a deixar
nos meus ouvidos
Os risos, os beijos,
os abraços.
Quantas imagens
cingidas na penumbra
Desta lembrança que se
fez saudade
Dos rostos, dos
gestos, das palavras
Na lonjura das vozes e
da Casa.
Noite Divina em que
torno a ser criança
Ante o meu olhar
adulto e me desperto
Na emoção que nos traz
os anos:
O meu Natal é hoje
mais concreto
Mas muito menos
belo e mais deserto.
Soledade Martinho Costa
segunda-feira, 2 de dezembro de 2019
CELINA FIGUEIREDO
NATAL
É noite.
Pelas ruas, vago sem destino.
Luzes, vitrines coloridas, bolas multicores…
Em cada canto, um Papai Noel vende ilusão.
Ansiosa procuro o aniversariante:
Nas lojas, nas árvores iluminadas,
Nos sinos que cantam sem cessar:
“Noite Feliz, Noite Feliz…”
Tudo em vão.
Já cansada, encontro, num cantinho,
Um pobre menino,
Triste, solitário, mal vestido,
A cada um lançando seu olhar,
A cada qual implorando seu presente:
Nem carrinhos comandados,
Nem robôs, nem celulares.
Apenas, tão somente, pede amor.
Só então vejo Jesus que nele habita.
Biografia AQUI
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