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terça-feira, 29 de dezembro de 2020

MENSAGEM DE ANO NOVO

 


Para todos os que ao longo do ano me acompanharam, e para todos os outros  que por aqui passarem, estes são meus desejos para o vosso ano



BENÇÃO CELTA


Que o caminho venha ao teu encontro.

Que o vento sopre sempre às tuas costas,

e a chuva caia suave sobre o teu campo.

E até que voltemos a nos encontrar,

que Deus te sustente suavemente

na palma da SUA mão.

Que vivas todo o tempo que quiseres,

e que sempre vivas plenamente.

Lembra sempre de esquecer

as coisas que te entristeceram,

e não esqueça de se lembrar

das coisas que te alegraram.

Lembra sempre de esquecer os amigos

que se revelaram falsos,

mas nunca deixes de lembrar

daqueles que permaneceram fiéis.

Lembra sempre de esquecer 

os problemas que já passaram, 

mas não deixes de lembrar

das bênçãos de cada dia.

Que o dia mais triste do teu futuro,

não seja pior que o mais feliz do teu passado.

Que o teto da tua casa nunca caia sobre ti, 

e que os amigos debaixo dele nunca partam.


FELIZ 2021

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

FELIZ NATAL

 





A todos que por aqui passem, desejo um BOM NATAL

Sei que este ano não foi fácil para nenhum de nós, apesar disso, desejo que o vosso NATAL seja festejado com Amor, Saúde  e PAZ.




segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

XI INTERAÇÃO FRATERNA DE NATAL

ALEGRIA NA SIMPLICIDADE DO NATAL


A ULTIMA PRENDA DO MENINO JESUS



 "O Menino Jesus, já cansadinho

De tanto andar por cima dos telhados,

Descalçou os sapatos apertados

- Eram novos - e pô-los no caminho.

 

Nisto, sentiu ruído ali pertinho...

Trepou à chaminé com mil cuidados,

E que viu? - Dois tamancos esburacados

E, ao pé deles, rezando, um petizinho.

 

O Menino Jesus que faz então?

Sem ter nenhum brinquedo ali à mão,

Desses que tanto agradam aos garotos,

 

Troca os sapatos pelos do petiz.

- E depois vai ao Céu mostrar, feliz,

À Virgem Mãe os sapatinhos rotos..."


(Poema de Adolfo Simões Müller)


Esta é a minha participação na XI Interação Fraterna de Natal,  da amiga Rosélia

Gosto deste poema que me recorda a minha infância quando ninguém falava nas prendas do Pai Natal, mas sim do Menino Jesus.  Daí ter trazido um poeta para um espaço que durante 12 anos pertenceu só a poetisas

domingo, 13 de dezembro de 2020

TERESA RITA LOPES







PRESÉPIOS


De presépios gosto

desde menina.

De construir por minhas mãos um pequenino mundo

a meu jeito.

A moda do Pai Natal só veio mais tarde

assim como a da Árvore de Natal.

Com ele nunca engracei

postiço das barbas até à barriga.

Quem trazia presentes à minha infância era o Menino Jesus

– cedo percebi que era uma maneira de dizer
como as fadas.

Como podia alguém como eu descer pela chaminé

sem se sujar nem se aleijar?!

Da Árvore de Natal só gosto por ser árvore

e verde.
(Pensar que as há de plástico!)

Hoje tenho presépios pela casa toda

todo o ano!
Que vou comprando por onde ando.

O meu Menino Jesus gosta de ser muitos

e de diferentes sítios como o Pessoa!

No Natal limito-me a atualizá-los com musgo.

E líquenes. E pinhas que trouxe ontem da Fonte do Sol.

Povoo esse mini-mundo também com conchas

que combinam com a cor do barro rosado
do presépio de Viana.

Mas do que mais gosto

é do musgo:
cheira a terra molhada
a verde
a vida.

Sorrio para o Menino (o mesmo em todos os presépios)

e digo-lhe:

Bem hajas por vires todos os anos

festejar com os homens o dia dos teus anos!
Invento para ti mundos simples e pacíficos
para eles se envergonharem das suas ambições
e guerras.

Ámen.
Teresa Rita Lopes

AQUI a biografia da autora

sexta-feira, 11 de dezembro de 2020

NATÁLIA CORREIA

 


Em Cruz não Era Acabado

As crianças viravam as folhas
dos dias enevoados
e da página do Natal
nasciam os montes prateados

da infância. Intérmina, a mãe
fazia o bolo unido e quente
da noite na boca das crianças
acordadas de repente.

Torres e ovelhas de barro
que do armário saíam
para formar a cidade
onde o menino nascia.

Menino pronunciado
como uma palavra vagarosa
que terminava numa cruz
e começava numa rosa.

Natal bordado por tias
que teciam com seus dedos
estradas que então havia
para a capital dos brinquedos.

E as crianças com a tinta invisível
do medo de serem futuro
escreviam os seus pedidos
no muro que dava para o impossível,

chão de estrelas onde dançavam
a sua louca identidade
de serem no dicionário
da dor futura: saudade.

Natália Correia, in 'O Dilúvio e a Pomba'

sábado, 5 de dezembro de 2020

NATÁLIA CORREIA

                              


Falavam-me de Amor

Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,

menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.

Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.

O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.

Natália Correia, in 'O Dilúvio e a Pomba'
 Natália Correia  já é habitual desta casa.    AQUI está a sua biografia.

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

GRAÇA GRÚNA






Caos climático

É temerário descartar
a memória das Águas
o grito da Terra
o chamado do Fogo
o clamor do Ar.

As folhas secas rangem sob os nossos pés.
Na ressonância o elo da nossa dor
em meio ao caos
a pavorosa imagem
de que somos capazes de expor
a nossa ganância
até não mais ouvir
nem mais chorar
nem meditar,
nem cantar...
só ganância, mais nada.

É temerário descartar
a memória das Águas
o grito da Terra
o chamado do Fogo
o clamor do Ar. 
 


- Graça Graúna (outubro 2009), in: LIMA, Tarsila de Andrade Ribeiro. Entrevista com Graça Graúna(...). Palimpsesto, nº 20, Ano 14 - 2015, p. 146.



Biografia e outros poemas AQUI