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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

ISABEL PEREIRA ROSA



Eu queria tantos amigos como outrora
Quando a minha mãe dizia: conhecidos!
Ainda assim a casa enchia-se de risos
E eu na minha juvenil sabedoria
Acreditava que seria sempre assim p’la vida fora.
Alguns ficaram p´lo caminho:
Morte morrida, morte em vida, afastamento,
Mas outros ainda vivem, longe ou perto,
Dentro ou fora de mim,
À distancia de um clique ou de um pensamento.
Por vezes, há alguém que nos reúne
E brindamos ao futuro, à amizade,
A essa força aglutinadora
Que nasce nos momentos de saudade.
Saudade de tudo aquilo que perdemos
E daquilo por que passámos sem olhar
Saudade de tudo em que acreditámos
E não conseguimos mais acreditar.
Mas é uma palavra sempre viva:
A amizade não morre, só madorna
E tal como o filho pródigo volta a casa
Num dia de saudade, o amigo torna.


BIOGRAFIA

Isabel Pereira Rosa nasceu em 1954, na Tojeira, uma aldeia situada nas faldas da Serra de Montejunto, no distrito de Lisboa, em Portugal.
Licenciou-se em Línguas e Literaturas Modernas na Faculdade de Letras da Universidade Clássica de Lisboa e especializou-se em Ciências de Educação, na Área de Educação Especial, na Faculdade de Psicologia e Ciências de Educação de Lisboa.
Trabalhou em importação/exportação, traduziu livros e foi professora de Língua Portuguesa, de Inglês e de Ensino Especial em várias escolas do país.
Em 1998, publicou o livro de ficção “Folhas Soltas”; em 2000, o livro infantil “O Tesouro da Serra de Montejunto; em 2003, “Sozinho (s)em Casa”, também infantil; em 2009, “Memórias de uma Professora”; em 2011, o romance “A Substância do Tempo”; em 2014, o romance “Diário da minha Loucura”. Publicou ainda vários contos e poemas, em boletins, revistas literárias e antologias.
Na rede social Facebook, publica regularmente excertos das suas obras na página Isabel Pereira Rosa – Poesia e Prosa.
Em 1987, recebeu o 1.º prémio do Concurso Literário Biblioteca da Nazaré, com o conto “Norte”; em 2009, recebeu uma menção honrosa, com o conto “Idade não é Velhice”, nos VII Jogos Florais de Avis.

FONTE A

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2018

DIA DOS NAMORADOS - SOLANGE RECH



Imenso amor o meu

Imenso amor o meu, tão grande
Que minha alma, liberta da couraça
Do egoísmo, da mágoa, da aridez,
Vive no espaço que esse amor lhe traça.
Dia após dia, mês depois de mês,
Sigo teus passos, preso à tua graça.
És a resposta a todos os porquês
E a afirmação de que nem tudo passa.
Quando disseste “vem comigo”, eu vim
Pois eras a esperança, eras meu sonho
Mais divino, mais puro, mais pudico.
Como a lei natural impõe um fim,
Morra eu, que de matéria me componho,
Mas nunca morra o amor que te dedico
Solange Rech
Nota: Num blogue de poetisas, abro uma exceção hoje, não só porque gosto muito do poema, mas porque o poeta usava um pseudónimo feminino.
Aqui a biografia

segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018

DALILA MOURA



Travessia de um abraço


O dia acendeu-se por entra a chuva
e todo o lume gotejou sobre os meus olhos
enquanto o tempo envelhecia.
Divinos são os pingos
que se abrigam entre os frutos
e despois escorrem para o mar
ampliando as estrelas e os barcos
onde descansam as marés!
Tudo é colheita,
na limpidez da água,
onde navega o coração na travessia de um abraço!






BIOGRAFIA


Dalila Moura Baião nasceu em Santo Estêvão – Benavente, a 8 de Novembro e vive em Setúbal.
É Professora, com Doutoramento Europeu, em Ciências da Educação, realizado na Universidade de Huelva.
Exerce a sua actividade profissional em Setúbal, no Agrupamento de Escolas, Lima de Freitas. O seu percurso profissional encontra-se ligado à Educação pela Arte, possuindo nesta área o curso de Estudos Superiores Especializados e um curso de Teatro e Expressão Dramática. Possui o Diploma de Estudos Avançados na Área do Conhecimento – Didáctica e Organização Escolar, pela Universidade de Huelva. Foi Docente de Prática e Reflexão Pedagógica do 2º e 3º ano do Curso de Licenciatura em Professores do Ensino Básico, da ESE de Setúbal. Formadora com Certificado de Qualificação na área e domínio C05 Didácticas Específicas, com aplicação a professores do 1º ciclo do ensino Básico.
A autora de “Momentos” (1983), “Varandas de Luar” (2009), “Amar em Chão de Mar” (2010) , “Quando o Mar Corre no Peito” (2015), que participou no “II Concurso de Poesia da Associação cultural Draca”, tendo obtido o 1º prémio, com o poema: “Poema Incompleto – a Pina Bausch”, apresenta-nos em 2016, o poemário: “No Fio da Memória” e em 2017, o livro Infanto-Juvenil “A Gruta de Corais”.



FONTE  A