Informo os amigos que por aqui costumam passar, que amanhã estarei finalmente fazendo o transplante da córnea, e que não sei quando poderei voltar a este espaço. Sejam felizes
Entre nós e o infinito Amamo-nos assim entre as palavras e a melodia. Entre o espasmo dos dias e a brancura da noite. Soltam-se os fios de luar e tecemos a cama e o fogo. Incendiamos as horas – num único momento – E toda a labareda alastra como furacão com olho no mar. Um barco. Um cais deserto. Duas mãos que remam num toque de sal que escorrega no corpo e no silêncio. As palavras não fazem falta. A ausência é o local onde nos encontramos. O verde propaga-se entre os olhos e os limos. Tudo é mar! Toda a nudez se veste de espuma. E carícia. Amamo-nos assim: entre o mel e o silêncio. Entre nós e o infinito. Dalila Moura
Dalila Moura, já é repetente neste blog. AQUI podem ler a sua biografia.