Olho pro mar e vejo o céu
O embaixo está em cima
E em cima está embaixo
Entre o céu e o mar está o meu caminhar
As árvores da minha cidade estão florescendo
A praça onde estou é paragem de crianças
Estamos em pleno mar – diria Castro Alves
Estamos em pleno mar de carros
Olho para a esquerda e vejo longas filas de carros
Olho para direita e a cena é a mesma
Dentro dos carros as vidas quase mortas
Suspiros ofegantes
Smarthphones são oásis
Ora riem
Ora choram
Às vezes profundamente
Poucos são os risos
Raríssimas as gargalhadas
É raro ver alguém cantando nesse estacionamento a céu aberto
A solidão, amigo, é devastadora
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