Bloquear botão direito do mouse: Bloquear seleção de texto: Bloquear tecla Ctrl+C/Ctrl+V: Bloquear arrastar e soltar:

Seguidores

quinta-feira, 22 de julho de 2021

LIZETE SITOE



Globalização


Já não basta o sangue nosso derramado?
Sou a voz que clama no deserto,
Libertem o meu povo.
Não queremos as asas que nos cortaram,
Nem o limbo que nos trouxeram;

Testa por testa se quiserem,
Deixem-nos curvados aos nossos ancestrais,
Dançando Mapico,
Saboreando a deliciosa Nyangana;

Mesmo sem as asas que nos cortaram,
Com o limbo que nos trouxeram;
Depois chamam-nos pretos,
E esquecem que somos pretos, sim.
Somos pretos.

Pretos da cor do carvão,
Do carvão da nossa terra,
Terra rica de cultura;
Somos pretos.

Pretos da cor do povo,
Povo preto da minha terra,
Terra rica de cultura;

Sou a voz que clama no deserto,
Libertem o meu povo;
Não nos matem com o samba e o bacalhau...
Não nos corrompem com as vossas vestes. Pobre capulana.
Já não basta o sangue nosso derramado?
Agora a moda, o som, o paladar?




Biografia

Lizete António Sitoe, nasceu na capital de Moçambique, cidade de Maputo, antiga Lourenço Marques aos 26 de janeiro de 1998. É estudante de técnico aduaneiro, poetisa, declamadora, amante da psicologia, professora nas escolas dominicais da igreja evangélica assembleia de Deus, onde tornou-se Cristã e foi baptizada.


Escrevia poemas desde a sua infância e começou a declamar no ano 2015 especialmente para a sua Mãe, em seguida na sua instituição e com o tempo foi se expondo nos saraus de poesia, nas Rádio e tv's e foi vencedora em vários concursos de poesia na sua instituição. Em 2016 participou em certos eventos de moda, como estátua humana e em 2017 tornou-se membro da associação Nkaringana Arte e coordenadora de eventos na associação Fénix e iniciou um movimento "pequeninos de Jesus " em seu centro dominical.

sexta-feira, 9 de julho de 2021

CELINA SHEILA MACOME




Amo um ser que não existe


Viajei num mundo imaginário
Encantei-me aos olhos do poeta
Procurei um lugar que não existe
Mergulhei no mar, ao encontro da poesia

Escrevi um poema entre as nuvens
Entre versos, beijei o poeta
No luar, fizemos tercetos
Andei atrás, de uma carta que não existia

Sonhei, num barco de palavras poéticas
Lancei-me no mar, ao encontro do meu ser
Escrevi um romance , nos olhos de um poeta

Celina Sheila

 AQUI  podem conhecer melhor a autora