SE PERGUNTARES
Nunca perguntas se algo me fizeste
Quando ao teu lado eu murcho e silencio.
Tu não percebes que estou por um fio
E tão instável quanto o vento leste.
Tu não me vês perdida em meu vazio,
Onde me falta o tanto que já deste,
Onde só vejo o quanto já esqueceste
O amor de outrora, agora tão sombrio.
Tu não percebes quão latente é o grito
Que há nos meus olhos quando os teus eu fito,
Num permanente ensaio de partida.
Se perguntares se algo me fizeste,
Eu te direi: "que nada, amor! só te esqueceste
que no meu sangue ainda corre vida!"
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