SE PERGUNTARES
Nunca perguntas se algo me fizeste
Quando ao teu lado eu murcho e silencio.
Tu não percebes que estou por um fio
E tão instável quanto o vento leste.
Tu não me vês perdida em meu vazio,
Onde me falta o tanto que já deste,
Onde só vejo o quanto já esqueceste
O amor de outrora, agora tão sombrio.
Tu não percebes quão latente é o grito
Que há nos meus olhos quando os teus eu fito,
Num permanente ensaio de partida.
Se perguntares se algo me fizeste,
Eu te direi: "que nada, amor! só te esqueceste
que no meu sangue ainda corre vida!"
Biografia AQUI
11 comentários:
Minha querida. Um poema que é realidade de tantas almas. N-ao conhecia a poeta, mas adorei.
Um beijinho
Um doloroso soneto de um abandono tão comum pela vida.
Bela partilha e apresentação Elvira.
Abraços e bom domingo de feliz semana.
Bom domingo de Paz, querida amiga Elvira!
Triste o abandono que dói só numa parte sempre.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos
Bom dia minha Amiga Elvira. Sempre a trazer-nos poetas que são novidade para mim. Gostei da melancolia do poema tão cheio de verdade na intimidade a que a vida nos prende.
Uma boa semana.
Um beijo.
Sentido e belo soneto.
Elvira, contínuo de férias em Macau em casa da minha filha, pelo que só pontualmente consigo retribuir as visitas.
Beijinhos
Gosto muito!
Obrigada pela escolha... 👏😘
É um soneto muito belo...
Acontece que em certos casamentos, a mulher passa a ser mais um utensílio doméstico...
Venha comemorar o Dia Int da Amizade no meu blogue de Poesia...
Um abraço amigo.
~~~~~
Um poema muito belo de uma poetisa que desconhecia.
Um beijinho, amiga Elvira.
Elvira!!!
Adorei a publicação toda.
Linda poesia e mais
ainda a Biografia.
Amei
Respondi a seu comentário
tão gentil lá no Espelhando.
Deixo
Bjins de ótima semana nova.
CatiahoAlc.
Lindo poema, aplausos!
Abraços!
O texto é muito bonito, embora repassado de uma certa angústia.
Abraço de amizade, Elvira.
Juvenal Nunes
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