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terça-feira, 28 de julho de 2020

ANA MARIA MARQUES




Barcos de papel


Os poemas em geral são feitos de palavras
no papel
seria melhor se fossem de pano
porque poderiam tomar chuva
ou de madeira
porque sustentariam uma casa
mas em geral são feitos de palavras
no papel
e por isso servem para poucas coisas
entre as quais não se encontra
tomar chuva
ou sustentar uma casa.

Dobrados sobre si mesmos,
lançam-se no mundo
com a coragem suicida
dos barcos de papel.



- Ana Martins Marques, em "A vida submarina". Belo Horizonte: Scriptum, 200



Biografia AQUI

14 comentários:

Isamar disse...

Olá Elvira,
Como está? Tudo bem consigo? Espero que sim :)
Obrigada por nos dar a conhecer estas Poetisas tão talentosas.
Fique bem, beijinhos!

Os olhares da Gracinha! disse...

Barcos de papel acompanharam_me sempre e ainda hoje os faço!!! Gosto do poema! Bj

Cidália Ferreira disse...

Fiz tantos...
A publicação é fantástica!!
**
O sonho do tempo que me resta....

Beijo e um excelente fim de tarde! :)

São disse...

Grato abraço pelo aumento dos meus conhecimentos.

Bom fim de semana :)

Tais Luso de Carvalho disse...

Achei linda, Elvira, não conhecia a poetisa, vou ler mais sobre ela.
O mundo precisa de mais poesia, viveríamos mais docemente, talvez.

Dobrados sobre si mesmos
lançam-se ao mundo
com a coragem suicida
dos barcos de papel.

Bjus, até mais!

Ana Tapadas disse...

Muito original! Gostei muito e não conhecia a autora.

Beijinho

HD disse...

Linda perspetiva poética... *_*
Um abraço e muita saúde.

" R y k @ r d o " disse...

Muito bom. Gostei muito de ler.
.
Um dia feliz
Abraço

lis disse...

Mais uma linda escolha,Elvira
Vou seguir o link e apreciar as obras da poetiza.
meu abraço, desejando que tudo esteja em ordem contigo.

Jorge Sader Filho disse...

Bela postada, querida amiga Elvira!
Grande abraço, saúde!

Portugalredecouvertes disse...

poema simples mas muito belo! gostei de conhecer:)
boa semana Elvira
saúde e muita amizade
Angela

Lua Singular disse...


Oi Elvira,
O gostoso da poesia é quando recebemos por carta de um amor de juventude.
Eu recebi uma, mas era muito jovem e expliquei a ele que não era amor( menti a ele).
Ele queria se casar, mas tinha apenas dezesseis anos e nunca me casaria tão jovem!Ainda morar tão longe! Amava muito meus pais.
Ele, escreveu uma linda carta com o meu nome.
Ele foi embora e nunca mais soube dele.
Beijos
Lua Singular

Majo Dutra disse...

Repito a Ana Tapadas, mas foi a impressão que tive:
uma inspiração muito original, sentida e poetizada com bom gosto.
Tudo pelo melhor.
Abraço
~~~~

Duarte disse...

Era uma das minhas distrações de miúdo, dos dias de chuva, ao fazê-los navegar pelas valetas.
Forte abraço