Bloquear botão direito do mouse: Bloquear seleção de texto: Bloquear tecla Ctrl+C/Ctrl+V: Bloquear arrastar e soltar:

Seguidores

terça-feira, 18 de setembro de 2018

MARIA JOÃO BRITO DE SOUSA

                                   IMAGEM DE UM DOS BLOGUES DA AUTORA



UM LENÇOL DE ÁGUA PURA E LINHO CRU
*


É lençol de água pura e linho cru,
Este amor que se expande e gratifica,
Que não tem voz, mas te trata por tu
E em ternura te eleva e multiplica,


 Tal qual nasce um menino e, todo nu,
Reduz a nada a extrema dor que implica
O parto, essa memória de baú
Que se relê quando já nada a explica.


 Cobrimo-lo de panos pra que aqueça,
Amparamos-lhe a queda, se tropeça,
Tentamos dar-lhe tudo, nada tendo,


E o mesmo fazemos, sem sabê-lo,
Se a mão nos obedece ao estranho apelo
De um verso que nos nasce e vai crescendo.





BIOGRAFIA DA POETISA, ESCRITA PELO SEU PRÓPRIO PUNHO

O meu nome é Maria João Brito de Sousa.
Nasci em Lisboa, no dia 04 de Novembro do ano de 1952, mas fui registada no Concelho de Oeiras por expressa vontade de meu avô, o poeta António de Sousa que, tendo deixado Coimbra para fixar residência em Algés, passou a nutrir profundo afecto pelo Concelho onde desde sempre residi.
Coube-me em sorte ser neta de um dos "grandes" do Modernismo e poder conviver com alguns dos maiores nomes da poesia do século XX.
Vitorino Nemésio, Miguel Torga, Natália Correia, David Mourão Ferreira, Virgínia Moura, Manuel Ribeiro de Pavia, Guilherme Filipe e José Régio, entre muitos outros, foram pessoas com quem privei desde os meus primeiros tempos de vida e de quem, se assim se pode dizer, fui "absorvendo" conhecimentos, aguçado espírito crítico e paixão pela criatividade e pela escrita.
Decidida a trabalhar e a casar-me cedo, abandonei os estudos acadêmicos mal terminei o curso complementar dos liceus, no então Liceu Nacional de Oeiras, hoje Escola Secundária Sebastião e Silva, onde frequentei a alínea de Germânicas.
Trabalhei como intérpetre para a Agência Abreu durante cerca de dois anos, acabando por deixar o cargo aquando do nascimento da minha filha mais velha, em 1973.
Desde o ano 2000 e enquanto a saúde mo permitiu, fui membro da Associação de Artistas Plásticos - Paço De Artes, sediada no Alto da Loba, Concelho de Oeiras e, nessa qualidade, participei em inúmeras exposições de pintura de carácter colectivo e de uma individual, na sala Elisiário Carvalho - salão nobre da Associação - sob a temática Auto-Retrato, em 2007.
Dessas muitas exposições, destaco a Colectiva da Fundação Marquês de Pombal, a Colectiva da Escola Náutica Infante D. Henrique em Dezembro de 2000, a Colectiva de Setembro de 2005 na Galeria Verney e, dentre as muitas mostras anuais, a do salão nobre do Clube Recreativo de Paço de Arcos e a Colectiva, na Galeria Viagraça, em Lisboa, por ocasião do lançamento do livro Poemas de Mim, de Ezequiel Francisco, bem como de uma Colectiva em 2004, no Instituto de Estudos Tecnológicos de Cascais.
Foi ainda enquanto membro activo da Paço de Artes que, em Abril de 2006 participei na acção de formação, promovida pela CultDigest,"Gestão das Actividades Associativas - Produção e Organização de Projectos Culturais - 1ª edição", com frequência dos módulos"Gestão de Projectos" e "Contexto Jurídico das Associações".

Em Janeiro de 2000, estreara-me, no âmbito das exposições individuais, em Lisboa, na Voz do Operário, onde, no salão João Hogan, tive expostas vinte e oito telas sob o título Promessas Traídas, tendo ainda participado na Voz D`Arte - Primavera 2000, no hotel Roma, em Lisboa.

Sou também membro da Associação Portuguesa de Poetas, ainda que por motivos de saúde me não tenha sido possível comparecer às reuniões do colectivo desde 2009, e tenho apenas três livros publicados; Poeta Porque Deus Quer, Autores Editora, 2009, Pequenas Utopias, Corpos Editora, 2012 (World Art Friends) e Almas Gémeas, em Março de 2016, uma edição que me foi ofertada pelos poetas e grandes amigos Joaquim Sustelo e Albertino Galvão, sob a chancela da Euedito. Colaborei, ainda, com várias Antologias Poéticas editadas anualmente também por Joaquim Sustelo a cada aniversário do conceituado site de poesia "online" - Horizontes da Poesia.

Vários sonetos meus foram editados, em 2014, na colectânea de poetas lusófonos Enigma(s), sob a chancela da Sinapis Editores - Editorial Minerva - e nas antologias "Tertúlia da Gandaia"I e II, Hórus Editora, 2016, bem como na Antologia da Academia Virtual de Letras, no mesmo ano.

A minha produção literária tem-se espraiado e adquirido a dimensão de vasta obra poética, nestes últimos dez anos de completa e diária entrega ao trabalho de produção, maturação e partilha "online" do poema - clássico e também modernista -, na Web, nos blogs que criei na plataforma Sapo no dealbar do ano de 2008, na Academia Virtual de Letras - Intenção e Gestos, no site Horizontes da Poesia e na página autoral que mais recentemente criei no Facebook, bem como na Colectânea Literária Oline - Fenix, onde me foram gentilmente oferecidas pelos escritores Carmo Vasconcelos e Henrique Lacerda Ramalho duas colectâneas individuais; uma de trabalhos de expressão plástica e poesia e outra contendo apenas sonetos.
Muito recentemente, fui ainda convidada a participar com dezoito sonetos e várias parcerias em glosas - com meu avô António de Sousa, Fernando Pessoa, Antero de Quental, Florbela Espanca e Maria da Encarnação Alexandre -, no blogue O SECULAR SONETO, criado pela poetisa Regina Coeli e inspirado na obra do poeta brasileiro Vasco de Castro Lima, "O Mundo Maravilhoso do Soneto".
Já no ano de 2016, integrei o grupo de quinze munícipes oeirenses que, em conjunto com elementos da Câmara Municipal de Oeiras e da Fundação Aga Khan, foram convidados a participar na delineação do Modelo de Funcionamento do Forum Oeiras Sénior, uma estrutura de apoio direccionada para a população mais idosa, no sentido de garantir a sua participação social no contexto de um envelhecimento mais digno, mais saudável e mais participativo.

Agraciada em Outubro de 2017 com um Título Honorífico no âmbito da Arte Cultura pela Assembleia da Freguesia de União de Freguesias de Oeiras e São Julião da Barra, Paço de Arcos e Caxias.
 

4 comentários:

Maria João Brito de Sousa disse...

Fico-lhe muito grata, Elvira e peço-lhe desculpa pela extensa e aborrecida biografia.Fiquei convicta de que a Elvira a reduziria ao estrictamente essencial, mas não lhe competia fazê-lo, deveria ter sido eu a sintetizá-la.

Entretanto, os dias de ontem e de hoje têm estado a ser um pouco mais atribulados do que o habitual e eu, que já estava esquecida de quão extensas eram estas minhas notas biográficas, nem sequer tive tempo para as reler.

Um grande e grato abraço.

Teresa Isabel Silva disse...

Confesso que não conhecia, mas adorei a partilha!

Bjxxx
Ontem é só Memória | Facebook | Instagram

Janita disse...

Fiquei imensamente contente pelo facto deste lindo Soneto - como lindos são todos os que a Poetisa escreve - vir acompanhado da autobiografia da Maria João. Foi muito bom ter ficado a conhecer melhor a nossa ilustre Amiga.
Obrigada a ambas.

Beijinhos e um abraço para a Elvira ( que não gosta de beijos)

HD disse...

Muito bonito! :-)
Abraço