Guernica
HOJE COMO ONTEM...
(Poemas em tempo de guerra)
Hoje os rios correm vermelhados de vergonha,
plúmbeos os céus, envergam traje de ímpar dor,
na atmosfera gaseifica-se o estertor,
poeira de sangue sem limite que se oponha.
É uma barbárie turbulenta que regressa,
a insanidade da feroz Roma de Nero,
a arena ignóbil do bestial exemplo fero,
a demoníaca atrocidade, ira pregressa.
Qual a que à morte condenou natos varões,
pra aniquilar a voz do Cristo Redentor,
chegado ao Mundo pra pregar a paz e o amor,
mote enjeitado por Herodes e vilões.
A mesma que, ímpia, conduziu à Inquisição,
injustamente, os desafectos, fés avessas,
e fez rolar na guilhotina mil cabeças,
sem vacilar um só momento em compaixão.
Hoje, motivos e razões tão divergentes,
vestem de igual a guerra, em sangue mergulhada,
e capitula a Paz, às mãos da malfadada
carnificina que dizima os inocentes.
Novo Dilúvio venha à Terra! E que extermine
os vis demónios que a ambição trazem aos pés,
e nos devolva o Mundo, tal o que Deus fez,
um Mundo Novo que a violência recrimine!
CARMO VASCONCELOS
Biografia
A autora possui vários blogues na net.. Neles encontrarão não só os seus muitos poemas como a própria biografia.
Para a conhecerem melhor visitem Varanda das Estrelícias
Aqui encontrarão não só a biografia da autora como ainda links para os seus outros blogues.
11 comentários:
Oi Elvira
A poeta e seu clamor pela Paz que faz tempo nao a temos plenamente.
Bom ter vozes que gritam por um mundo mais humano ,mais gentil e verdadeiro e nós embarcamos nesse sentimento lendo, reproduzindo, refletindo.
Boa escolha Elvira,obrigada por nos fazer conhecer .
abraços
Minha querida
Um poema IMENSO que adorei...vou visitar o blogue da poeta.
Beijinhos com carinho
Sonhadora
Obrigada, Elvira, por trazer aqui esta poeta. Excelente poema. Visitarei o blog que indicou, com muito prazer, para mais sobre a autora.
Amanhã espero-a no Xaile de Seda. Há lá encontro marcado. :)
Bj
Olinda
Lindo este poema! Sempre nos traz poesias maravilhosas e esta clamando pela paz mostra o dia a dia que estamos vivendo.
Beijos.
Elvira, boa noite!
Um poema forte a descrever a insanidade e violência do Homem, e tudo pelo poder!
Beijinho,
Ana Martins
Foi precisamente por isso que Don Pablo se quis expressar assim ao criar essa obra magna, depois do desastre de Guernica.
Excelente poema, pleno de sentido.
Um grande abraço
Um prazer chegar ao seu blogue,
e nós até vivemos muito perto-Moita-.
Já estive em Guernica, visitei o
Museu,inclusivé.
Gosto muito de poesia, mas não a
escrevo.Tenho um blogue onde
insiro poesia ou que eu encontro,
ou de livros que possuo ou que me
cedem, se o quiser visitar,será
umm gosto.
Voltarei, sempre que possível.
Um bj.
Irene
Sou e sempre serei sua amiga.
A amizade é como uma planta que
precisa todos os dias ser cultivada.
Quero sempre estar pertinho de você
deixando a marquinha que estive aqui no seu blog.
A amizade verdadeira é isso desejar estar perto
sem medir sacrificios acariciando o
coração amigo.
Beijos no coração.
Sua amiga fiel para sempre.
Evanir..
Olá Elvira,
Que prazer imenso receber sua visita lá no blog. Seu espaço é muito interessante e traz-nos muita cultura através destas poesias, tais como a de
Carmo Vasconcelos. Adorei o poema e vou visitar o site desta amiga, também.
Gostaria de pedir-lhe que me seguisse junto aos meus amigos e seguidores, ok?
Ficaria muito feliz com você por lá.
Desejo que tenhas uma ótima semana.
Afetuoso beijo,
Maria Paraguassu.
*
Ai, Guernica,
o Touro do Fascismo,
que é preciso recordar
e
combater com as palavras de,
Carmo Vasconcelos !
,
livres conchinhas, ficam !
*
Olá Elvira
Um grande e belo poema.
Uma dor feita de incongrências
Uma ótima escolha!
Bji
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