Bloquear botão direito do mouse: Bloquear seleção de texto: Bloquear tecla Ctrl+C/Ctrl+V: Bloquear arrastar e soltar:

Seguidores

terça-feira, 14 de outubro de 2008

FERNANDA DE CASTRO



Fim de Outono


Fim de outono... Folhas mortas...
Sol doente... Nostalgia...


Tudo seco pelas hortas,
Grandes lágrimas no chão
Nem uma flor pelos montes,
Tudo numa quietação
Soluça numa oração
O triste cantar das fontes.


Fim de outono... Folhas mortas...
Sol doente... Nostalgia...


A terra fechou as portas
Aos beijos do sol ardente,
E agora está na agonia...
Valha à terra agonizante
A Santa Virgem Maria!


Fim de Outono... Folhas mortas...
Sol doente... Nostalgia

Boigrafia


Maria Fernanda Teles de Castro e Quadros Ferro (Lisboa, 8 de Dezembro de 1900 – 19 de Dezembro de 1994), foi uma escritora portuguesa.

Fernanda de Castro, filha de João Filipe das Dores de Quadros (oficial da marinha) e de Ana Laura Codina Telles de Castro da Silva, fez os seus estudos em Portimão, Figueira da Foz e Lisboa, tendo casado em 1922 com António Joaquim Tavares Ferro. Deste casamento nasceu António Gabriel de Quadros Ferro que se distinguiu como filósofo e ensaísta e Fernando Manuel Teles de Castro e Quadros Tavares Ferro. A sua neta, Rita Ferro também se distinguiu como escritora.

Foi juntamente com o marido e outros, fundadora da Sociedade de Escritores e Compositores Teatrais Portugueses, actualmente designada por Sociedade Portuguesa de Autores.

O escritor David Mourão-Ferreira, durante as comemorações dos cinquenta anos de actividade literária de Fernanda de Castro disse: “Ela foi a primeira, neste país de musas sorumbáticas e de poetas tristes, a demonstrar que o riso e a alegria também são formas de inspiração, que uma gargalhada pode estalar no tecido de um poema, que o Sol ao meio-dia, olhado de frente, não é um motivo menos nobre do que a Lua à meia-noite”.

Parte da vida de Fernanda de Castro, foi dedicada à infância, tendo sido a fundadora da Associação Nacional de Parques Infantis, associação na qual teve o cargo de presidente.

Como escritora, dedicou-se à tradução de peças de teatro, a escrever poesia, romances, ficção e teatro.


[editar] Prémios
Prémio do Teatro Nacional D.Maria II – (1920) com a peça “Náufragos”.
Prémio Ricardo Malheiros – (1945) com o romance “Maria da Lua”, foi a primeira mulher a obter este prémio da Academia das ciências.
Prémio Nacional de Poesia – (1969))

[editar] Obras
A Wikipédia possui o
Portal de biografias
{{{Portal2}}}
{{{Portal3}}}
{{{Portal4}}}
{{{Portal5}}}
Náufragos (1920) (teatro)
Maria da Lua (1945) (romance)
Antemanhã (1919) (poesia)
Náufragos e Fim da Memória (poesia)
O Veneno do Sol e Sorte (1928) (ficção)
As aventuras de Mariazinha (literatura infantil)
Mariazinha em África (1926) (literatura infantil) (fruto da passagem da escritora pela Guiné Portuguesa
A Princesa dos Sete Castelos (1935) (literatura infantil)
As Novas Aventuras de Mariazinha (1935) (literatura infantil)
Asa no Espaço (1955) (poesia)
Poesia I e II (1969) (poesia)
Urgente (1989) (poesia)
Fontebela (1973)
Ao Fim da Memória “(Memórias 1906 – 1939)" (1986)
Pedra no Lago (teatro)
Exílio (1952)
África Raiz (1966).
Tudo É Príncípio
Os Cães não Mordem
Jardim (1928)
A Pedra no Lago (1943)
Asa no Espaço (poesia)
Cartas a um Poeta (tradução de Rainer Maria Rilke)
O Diário (tradução de Katherine Mansfield)
Verdade Para Cada Um (tradução de Piradello)
O Novo Inquilino (tradução de Ionesco)


Biografia retirada da net

8 comentários:

FERNANDINHA & POEMAS disse...

Olá querida Elvira, que maravilhosa supresa ao chegar aqui e ler este maravilhoso poema, da Poetisa Fernanda de Castro que a par com Florbela Espanca são as Poetisas que eu adoro ler sem nunca me cansar!
Á partes no teu texto que eu desconhecia, agradeço-te de coração a belíssima supresa que vim aqui encontrar, neste fantástico espaço!...
Querida Elvira, uma boa noite e muitos beijinhos de carinho,
Fernandinha

AnaMar (pseudónimo) disse...

Que boas recordações. tive a sorte de crescer num desses parques infantis, dos 2 aos 9 anos. E também tive a sorte de conhecer a "Semhora D. Fernanda". E muito cedo aprendi a lê-la. E a gostar.

Bela escolha.
Bj

pico minha ilha disse...

Não conhecia esta poeta, obrigada pela partilha.Beijinho amiga Elvira
uma ilha

Deusa Odoyá disse...

olá querida amiga Elvira.
Obrigado por sua visita ao meu cantinho.
Muito lindo esse texto,não conhecia essa poeta.
Beijos e uma semna de muita paz e luz para vc.beijos amiga.
fique na paz.
Regina Coeli.

DE-PROPOSITO disse...

Uma poetisa de quem muito pouco sabia.
Obrigado pela partilha.
Fica bem
E a felicidade por aí.
Manuel

Carla disse...

linda a nostalgia deste fim de Outono
beijos

São disse...

Gostei muito do poema e de Serrat.


Desejo de coração que a estadia seja muito curta e que tudo se resolva bem e em definitivo. Terça cá virei saber de si. E não esqueça que toda a gente espera por si!

Um abraço bem grande, querida Maria Elvira!

LUIS MILHANO (Lumife) disse...

A publicação deste poema é uma merecida homenagem à Poetisa Fernanda de Castro.

Bom domingo.

Bjs