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quarta-feira, 15 de dezembro de 2021

FALAVAM-ME DE AMOR - NATÁLIA CORREIA





 Falavam-me de Amor

Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,

menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.

Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.

O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.

– Natália Correia, em ‘O Dilúvio e a Pomba’.

5 comentários:

ematejoca disse...

A sabedoria poética da nossa poetisa num soneto de grande classe.

" R y k @ r d o " disse...

Soneto deslumbrante que me fascinou ler.
.
Um dia feliz … boas festas natalícias
.
Pensamentos e Devaneios Poéticos
.

Maria Rodrigues disse...

Belíssimo soneto de Natália Correia.
Beijinhos

Cidália Ferreira disse...

Um poema tão bonito!! :))
-
Recantos silenciados pela natureza
-
Votos de um dia feliz. Beijos.

natureza de poeta disse...

Um belo poema de Natal.

Abraço