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quarta-feira, 6 de julho de 2011
ANA MARTINS
Está aí mais um livro de poesia. Ave sem Asas de Ana Martins que alguns de vós conheceis do blogue com o mesmo titulo. O livro tem uma bela apresentação ( visível na foto da capa aqui fotografada) tem além de belos poemas, uma nota introdutória de Maria José Areal, uma outra poetisa já apresentada neste espaço.
O livro é edição da autora e se alguém estiver interessado pode dirigir-se ao blogue e informar-se de como fazer para o obter.
O TEU CORAÇÃO, AVE SEM ASAS
O teu coração, é a ave mais bela
De todas as aves.
Não tem asas mas voa,
Voa de coração em coração,
Voa mais alto que as próprias aves.
O teu coração, é ave de ternura,
É a ave que voa,
Numa linda manhã de Primavera.
É das aves a mais pura,
A mais linda e a mais sincera.
Dava tudo para agarrar
Essa ave que voa contra o vento,
Que esvoaça de alegria,
Que não quer ser prisioneira.
Sinto que ela foge,
A cada minuto que passa
A sinto mais longe, mais distante,
Mais linda e mais livre.
Mas choro,
Choro por não poder fazê-la minha!
Queria tanto o teu coração,
Essa ave que tens dentro de ti
E que te comanda como ela quer,
Queria que se entregasse A mim e só a mim!
Mas isto é querer muito?
Talvez sim e talvez não!
Talvez um dia eu entenda,
Essa ave misteriosa
Que se chama coração!
Ana Martins
Biografia:
Ana Paula do Vale Simões Martins, mulher, esposa e mãe, autodidacta. Ribatejana, natural de Santarém e Fafense por adopção, cidade onde reside há 17 anos. Filha de Joaquim Pires Simões e Maria Augusta Barros do Vale. O pai militar e a mãe doméstica, passou a infância entre África e Portugal. O que lhe permitiu o contacto e uma perspectiva de diferentes culturas, enriquecendo assim o sentido humanista, característico na sua personalidade.
Ana Martins, frequentou a Escola Secundária de Paços de Ferreira onde viveu grande parte da adolescência e parte da vida adulta.
Desde muito jovem começou a sentir afeição pela escrita, escrevendo o seu diário que enriquecia dando os primeiros passos na poesia.
Nota: Esta biografia é de autoria de Victor Manuel do Vale Simões e está inserida na aba da capa do livro.
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8 comentários:
Boa noite amiga Elvira,
Não conhecia este espaço muito rico e interessante. Aqui a Elvira dá visibilidade a novos autores, que grande sensibilidade a sua, sinto-me muito honrada, obrigada.
Este poema, (O Teu Coração, Ave Sem Asas), é o meu primeiro poema e foi escrito com 15 anos, foi ele que originou o nome do meu blogue e também o titulo do livro.
Beijinho amigo e uma vez mais muito obrigada!
Ana Martins
Obrigada Elvira! Muito obrigada!
Sabe bem o que estas duas amigas representam para mim.
Tenho os olhos rasos de água, pela emoção.
Um grande bem haja.
Como gostou muito do poema anterior aqui deixado, tomo a liberdade de lhe deixar outro.
Se eu fosse
Se eu fosse gaivota branca
E pudesse voar
Poisaria na torre mais alta
Para te ver despertar.
E num rodopiar
Suave, terno e manso
Te diria:
- Acorda, que já é dia!
Vem ver o sol a nascer
E as crianças a correr.
Se eu fosse gaivota branca
E pudesse voar
Poisaria em ti criança
Para te ver despertar
E com bicadinhas de ternura
Te diria:
- salta da cama,
Abre a janela de par em par, Pula escada fora
E vai para a rua brincar!
Se eu fosse gaivota branca
E pudesse voar
Poisaria em ti velhinho
Quando estás a ver passar.
E com largo abraço
Te diria:
- Olha este azul do céu
Esta imensidão do mar
Que foi sempre o teu olhar.
O dia não escureceu,
Agarra-te à vida
Que este dia ainda é teu.
Se eu fosse gaivota branca
E pudesse voar
Estaria sempre conTigo
Aqui ou em qualquer lugar.
Maria José Areal in Pedaços de Mim
Abraço
Ná
Olá Elvira!
Boa noite e... é bom saber que a sensiblidade pode morar em todo o lugar e sobretudo, por onde uma Mulher passar com rasto de luz, como sois vós.
Escolher a Ana Martins e o seu primeiro poema, é saber a cor dessa sensibilidade que falo. Sei de cor o livro da Ana e não concordo com o seu titulo, por saber que de "ave sem asas" tem muito pouco. Ave com asas grandes, que voa porta fora, rumando e rimando sons, cores, afectos e emoções.Disso se trata.
Obrigada a Ti Ná. Esse poema "Se eu fosse gaivota" vinca e dá voz à vontade indomável de saltar veredas e atravessar lameiros, pular sebes, subir a todas as arvores e gritar para que os homens e mulheres deste país (e de outros) escutem o valor e o sabor da solidariedade.
Um abraço para as 3 mulheres.
Lindo poema de Maria José, à altura da poetiza que muito admiro, que a Ana tenha muito sucesso neste livro.
abraços
Olá Elvira,
Depois de alguma ausência, hoje dedico o meu serão a todos os seus espaços, apesar de sempre estarmos presentes uma para a outra, mesmo em silêncio e desde os primeiros momentos amigas de todas as horas.
Foi uma agradável surpresa encontrar aqui o livro da Ana Martins, que tenho orgulho de ter desde o seu lançamento.
Um dia destes irei reler a sua poesia.
Como sabe o último ano foi de muitas mudanças, mas creio estar a recuperar a capacidade de concentração e tempo para o que é importante.
Gostei de voltar a este espaço.
Beijinhos.
Branca
Olá passando pra conhecer esse outro espaço, deixo meu abraço.
Mas isto é querer muito?
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O querer faz parte do ser humano! Mas, nem tudo o que se quer, se alcança.
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Que a felicidade ande por aí.
Manuel
Que legal essa tarefa de apresentar novos poetas! Parabéns!
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