Falavam-me de Amor
Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.
Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.
O Dilúvio e a Pomba
Lisboa, Publicações D. Quixote, 1979
10 comentários:
Precioso poema . Me ha gustado mucho. Te mando un beso.
Bom domingo de paz, querida amiga Elvira!
Um sentimento com nozes tem um delicioso paladar.
Bonito poema que não conhecia. Gosto de ler coisas novas que você nos possibilita. Obrigada.
Tenha uma nova semana abençoada!
Beijinhos com carinho fraterno
Tão belo este poema da Natália Correia e tão próprio da quadra que se aproxima. Gostei tanto de o ler aqui, minha Amiga Elvira.
Uma boa semana com muita saúde.
Um beijo.
Olá Elvira,
esse poema é muito bonito
valoriza a inocência de uma criança e ao mesmo tempo
a sua força que perdura na nossa religião, no nosso carinho e na nossa fantasia
e que assim seja por muito tempo!
beijinhos
Um poema lindo em que a inocência de uma criança está bem patente.
Abraço Elvira
Sempre bom reler Natália...
Beijinho, tudo de bom :)
Este poema é sublime, nunca me canso de o ler.
Obrigado pela partilha.
Beijinhos
É um belo poema...🧑🎄... Bj
Olá, amiga Elvira, aqui nesse seu espaço poético, venho conhecendo
novas poetisas, como a que você nos apresenta nesta postagem, a
portuguesa Natália Correia.
Sempre é prazeroso encontrar novos poetas e poetisas.
Agradeço pois, amiga Elvira, pela ótima partilha.
Votos de um bom final de semana,
um abraço.
Olá, querida Elvira!
Um belo poema que não conhecia.
A criança como símbolo de inocência e força ao mesmo tempo.
Um abraço e espero que esteja bem.
Sônia
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