Deixem-me ir para a rua
quero gritar
chorar
cantar.
Quero levantar bem alto
a bandeira
do desespero.
Quero rir-me de ti
de mim
de todos nós.
Quero que os bandidos
chorem
a dor
e a vergonha
de o serem.
Quero dar pão
A quem tem fome
e dar água aos sedentos.
Quero dar amor
carinho
ternura
a quem vive só.
Quero sofrer com o presidiário
e sorrir feliz com os noivos.
Quero dar um lar aos órfãos
E trabalho a quem o procura.
Quero que todos os políticos
unam esforços
numa aliança firme
por um mundo melhor.
Quero acabar com o terrorismo
e as penas de morte.
Quero acabar com a fome
a poluição,
e a guerra.
Deixem-me ir para a rua
Deixem-me erguer bem alto
a minha bandeira.
E escrevam depois nos jornais
Que anda por aí à solta
Uma louca perigosa.
Elvira Carvalho
in "perdidamente" vol III páginas 179/180
4 comentários:
Tão bonito!!
Beijos - Boa noite!
olá, estimada Elvira!
Parabéns pela sua colaboração nessa Antologia Perdidamente com dois poemas. Pouco a pouco, vai tornando-se conhecida como escritora.
Já conheço este seu poema solidário, mto bem feito, aliás, e de louca nada tem. o mundo vai mudando, com estas e outras atitudes, mas mto lentamente.
nem as minhas mão ficarão boas, nem o meu poema é transcendental. Sei k se escrever mto, tanto nos blogues, qto na minha profissional, piorarei, mas enfim, caminhemos!
Beijos e boa semana.
Deixem-me... viver! :-)
Muito bonito!
Excelente poema, cheio de poesia e otimismo.
Abraços afetuosos!
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