Bloquear botão direito do mouse: Bloquear seleção de texto: Bloquear tecla Ctrl+C/Ctrl+V: Bloquear arrastar e soltar:

Seguidores

domingo, 23 de agosto de 2009

TÂNIA TOMÉ

Foto da net

África Inexplorada


Eu sou a parte de toda África

Ainda inexplorada

Onde batuque

Se auto musica

No orvalho terrestre

Nas aguas ainda mudas

Que correm a mutação

Das savanas e das pestes

Eu sou África ainda pura

Que nos seus campos virgens

Ainda adora o sol

E o canta pentatónica

Com a felicidade de existir

Sou África em cada pedaço de mim

E cada pedaço de mim a existir

Mupipi sobrevoando o grão

Urdindo o cântico litúrgico

Da utopia nas sementes

Marrabentando o futuro

Com mesmo sol dendêm

Das acácias e das palancas

Das palmeiras alcançando o céu

Eco ritmando o mistério e o feitiço

Da mãe ventrando a terra una

E da mão carne e alma de mulher

Eu sou a África profunda

Nos montes e ilhas

Que clamam os quatro ventos

Do sonho e dos horizontes

Que nos escorrem pelos dedos

No desacredito dos desertos

E das rochas esquecidas

Sou eu África fecunda

Que te escrevo

No sabor do lirismo que nos une

Na poesia dos povos

Neste exotismo de ânsias

Que nos sonha

Parte da África ainda inexplorada.


Tânia Tomé


biografia:

Tãnia Teresa Tomé nasceu a 11 de Novembro de 1981,na cidade de Maputo em Moçambique. Desde cedo que nutre uma paixão fulminante pelas artes, e com ela vai crescendo nos envolvimentos e interacções que vai tendo na vida artístico-cultural.

Cantora, compositora e declamadora são as outras actividades que a identificam e que vai exercendo para além da actividade profissional[Analista de Risco de Crédito no Banco].É Licenciada em Economia e Pos-graduada em Auditoria e Controlo de Gestão pela Universidade Católica Portuguesa [Portugal,Porto].

Faz parte de uma antologia Palop, para além de participações em alguns boletins e jornais, é membro da AEMO [Associação dos escritores Moçambicanos], e faz parte de um Movimento cultural [100 critica] composto por artistas que promovem recitais de poesia e música tradicional e acústica em Moçambique [Meu país Amado].

Participou em alguns projectos de poesia e declamação,de referenciar 'Dentro de mim outra ilha de Júlio Carrilho' com Jaime Santos [Declamador Moçambicano], e participação na Feira da Voz no Franco-Moçambicano como Júri de Declamação e actuação com Eduardo White [Poeta Moçambicano], ganhou alguns prémios de poesia, e têm 'mão' alguns projectos para o futuro presente.

Esta aberta a critica construtiva, a reflexão, a opiniões variadas, e a conselhos.A vida é uma recta continua de aprendizagem, qualquer amadurecimento implica o reconhecimento de ainda necessitar de crescimento, e da consciência exacta de se ainda ser pequeno,mas não obstante ter uma tarefa enorme a cumprir: com a minha acção socio-cultural individual contribuir com o crescimento do meu País [MOÇAMBIQUE] e do mundo que me gira a volta.

' Escrevo,para que numa dimensão sem espaço e sem tempo, eu possa interagir comigo e com os outros. Promovendo cultura para todos, conscientizando pessoas, alimentando espíritos e fazendo emergir por momentos constantes e incessantes 'PRAXIS' E 'GNOSES'. Para que possa eu, ver de mim a crescer e aprender com tudo e todos os que me possam guiar. E com isso contribuir com o que tenho na alma e na mente para fazer crescer outrem, fazer crescer meu MOÇAMBIQUE, fazer crescer MUNDO '

Tânia Tomé


Fonte

http://www.poetasdelmundo.com/verInfo_africa.asp?ID=1740


sábado, 15 de agosto de 2009

MARIA JOSÉ FRAQUEZA

Foto da net



HINO DE AMOR

Neste mundo cruel e tão carente
A guerra, a droga, a sida me apavora
Ao ver numa criança,um inocente
O Homem desumano que a explora...

Quero viver num mundo diferente,
Mas que mundo voraz, mundo de agora!
Que a Paz chegasse a todo o continente...
Existe tanta gente que ainda chora!

Eu quero ver um mundo que a sorrir,
Saiba abrir as Portas ao Porvir...
Mais temente a Deus Pai - o Criador!

Amar! Amar... e não ter mais fronteiras
A Bandeira da Paz, nas dianteiras...
Hino à Pátria Amada! Ecos d Amor!

biografia:

Maria José Viegas da Conceição Fraqueza
, natural da Fuseta, nascida em 8 de Maio de 1936, autora inscrita na Sociedade Portuguesa de Autores, tem cerca de 11 obras individuais cujos títulos se descrevem - Histórias da Minha Terra - 1ª e 2ª edições; Alcunhas e Apelidos - Histórias da Minha Gente; Murmúrios do Mar; Vendavais da Alma; Cântico das Ondas; Há Natal Dentro de Mim; Maresias Infinitas; Maré de Trovas; Quando o Mar Canta para Mim; Mar Infinito; Mar de Rosas; Tochas Floridas; Sob as Margens do Gilão e No Tempo da Mana Anica [prosa - conto].
Maria José Fraqueza, é professora aposentada, poetisa, pintora, escritora, calígrafa, radialista e jornalista. Exerceu no ensino secundário até à aposentação 37 anos de serviço dos quais constam inúmeras actividades culturais em paralelo. Como poetisa e prosadora, tem cerca de setecentos prémios a nível nacional e internacional, em jogos florais e concursos literários, em diversas modalidades. Na pintura possui cerca de 40telas a óleo, tendo participado nalgumas exposições colectivas. Como escritora dramaturga, tem diversas obras teatrais já apresentadas em palco, desde Almada a Vila Real de Santo António. Tem participado em diversos jornais e revistas com crónicas, entrevistas e artigos, não só em Portugal como no Brasil. Como radialista há cerca de nove anos que realiza o programa semanal na Rádio Gilão de Tavira - 'A Poesia em Movimento - Onda Poética ' entre outros em que já colaborou e realizou em diversas rádios locais - A Magia das Palavras - Poeta é o Povo - Clube dos Poetas Vivos - Poetas da Minha Terra.
É sub-directora do Jornal Correio Meridional e fundadoura do Jornal Brisas do Sul, a que lhe deu o nome, sendo a sua primeira directora.
É Directora dos Jogos Florais Internacionais de Nossa Senhora do Carmo da Fuseta com 35 anos de existência, vinte anos dos quais tem dinamizado e realizado. Directora Cultural e Presidente da Assembleia do Sport Lisboa e Fuseta; Directora Cultural do Elos Clube de Faro; Vic- Presidente do Clube de Simpatia de Olhão; Vice-Presidente da Associação de Jornalistas e Escritores do Algarve; Presidente em Portugal da Sociedade de Cultura Latina - Secção Brasil - Mogi das Cruzes - S. Paulo; Membro Académico das Academias Brasileiras de Trovas de Magé - Rio de Janeiro; Membro Académico da Academia de Trovas de Niterói; Membro Académico da Accademia Internazionale 'Il Convívio' em Castiglione di Sicília - Itália.
Tem sido júri de diversos Concursos Nacionais de Poesia e Prosa em Portugal, Brasil e Itália.
É ensaiadora de teatro, cantares e danças populares. Na área da música - prémio compositor [letra] - canção ligeira, tem no seu currículo: três primeiros prémios e um segundo, nos anos de 2002, 2003 e 2004, nomeadamente no Festival da Canção do Sul, entre outros.


Biografia DAQUI

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

ISABEL MEYRELLES

imagem do Google


Tu já me arrumaste no armário dos restos
eu já te guardei na gaveta dos corpos perdidos
e das nossas memórias começamos a varrer
as pequenas gotas de felicidade
que já fomos.
Mas no tempo subjectivo
tu és ainda o meu relógio de vento
a minha máquina aceleradora de sangue
e por quanto tempo ainda
as minhas mãos serão para ti
o nocturno passeio do gato no telhado?

Isabel Meyrelles

Biografia

Escultora e poetisa portuguesa nascida em 1929, em Matosinhos. Começou cedo o seu interesse pela escultura, aos 16 anos iniciou os estudos no Porto, mas decidiu ir para Lisboa estudar e conhecer os artistas nas tertúlias dos cafés. Assim sendo, conheceu personalidades das artes, como Mário de Cesariny e Cruzeiro Seixas, e assistiu ao surgimento do Grupo Surrealista Português e do Os Surrealistas. Corrente artística à qual ficou sempre, de alguma forma, ligada.Nos tempos difíceis que se viviam em Portugal, Isabel Meyrelles sentiu a necessidade de evasão, de sair do país para viver em liberdade. Foi então que decidiu ir viver para França, o seu país de adopção e com o qual se identifica. Em Paris continuou os estudos, desta vez não só de Escultura, na Ecole National Supérieure des Beaux-Arts, como também de Literatura, na Universidade de Sorbonne. Fez várias exposições em Portugal e em França e traduziu obras de vários autores como, por exemplo, Jorge Amado.As suas obras literárias foram publicadas tanto em português (nos primórdios) como em francês. São elas: Em Voz Baixa (1951), Palavras Nocturnas (1954), O rosto deserto (1966), O Livro do Tigre (1976), O Mensageiro dos Sonhos, publicado somente na antologia Poesia (2004).


fonte: infopédia