se tudo ainda é pouco
se tudo ainda é lento
se tudo quanto calo raro arrebento
se tudo é partida golpe buzina
se tudo é café com pão ao meio-dia
se tudo o mais é filé com aspirina
na poça d’água do meio-fio
eu ao meio partida ouso
o impossível:
um fio de futuro na janela
entre o pôr do sol e a lua
esgarça a fina camada do dia
(e isso ainda é pouco
o mais ainda me alucina)
no vidro fosco da janela
o sorriso de Ariadne me vigia
nas suas níveas mãos a noite
e nas minhas
às minhas
expensas
apenas
ases e copas
asas de janela
e o sol
Biografia e outros poemas aqui
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16 comentários:
Gostei do poema e obrigado por dar a conhecer!!! Bj
Não conhecia é uma bela poesia!
Espero que esteja com saúde.
Beijinho
Bonito e, faz lembrar que neste momento de novo confinar temos mesmo de ter "... asas de janela..."
Fantástico! :)
*
Já não escuto...
*
Beijo, e uma excelente tarde. :)
Belo poema partilhada aqui querida!
Beijinho e muita saúde!
Bela homenagem, Elvira.
Um beijinho pra você.
Um estilo diferente e bem interessante. Gostei, Elvira! Abraço.
A Elvira sempre a brindar-nos com estas magníficas Poetisas!
Fique bem, beijinho!
Poema Lindíssimo que muito gostei de ler.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Votos de um dia feliz
Não conhecia e foi uma boa surpresa
Muito linda poesia
Obrigada
Um beijo
São Sebastião, livrai_me desta peste que se abateu sobre a humanidade. Livrai_me e livrai minha filha, minha família e toda a terra. Amém!
Olá, amiga!
Mais um poema muito bem escolhido.
Gostei.
Saudações, desde Lagos!
Olá, Elvira,
a poetisa que vim a conhecer graças a essa bela postagem, escreveu um poema de grande sensibilidade, tratando das coisas comuns do cotidiano, o que normalmente me agrada muito.
Gostei muito do poema, e agradeço pela partilha.
Uma boa semana com saúde.
Um abraço.
Se tudo é tudo quando tudo é nada,
Nada importa. É a visão que sobretudo
Prepondera na alma e a miúdo
A alma muda o rumo da jornada
Que ao sentir, estamos noutra estrada.
Por isso a minha vã filosofia
Prega-me, apenas, só o que eu sentia.
Ao dar por mim sinto que já não sinto
E vou sem rumo e só instinto
Para viver meu sonho em poesia!
Lindo poema da moça! Parabéns! Abraço fraterno, Elvira! Laerte.
Elvira
uma boa escolha de uma poeta que desconheço.
tenho que a pesquisar.
o poema ~e lindissímo.
beijinhos
:)
'um fio de futuro na janela/ entre o por do sol e a lua'
Gostei muito, Elvira
Estamos todos como Ìcaro -tentando voar...
beijinos
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