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PESADELO
"Arranquem-se as correntes que me prendem!
Derrubem as muralhas que me cercam!
O sol anda lá fora,
a rir, a soluçar,
a amar e a sofrer
talvez, mas a viver.
Eu não quero morrer aqui metida,
banhada no silêncio frio da escuridão.
Nasci ave liberta…
quero voar,
quebrar as asas, adejar no espaço
e cair finalmente,
heroicamente,
de vez, aniquilada, fulminada.
E nunca de asas feridas, inúteis,
padecentes.
Mas antes, pairar alto
lá longe, onde voam as águias,
além, em plena altura!
Olhos postos no sol que me alumia,
nesse bondoso irmão que assim me beija
e que não me deseja
o corpo que banhou da luz mais pura.
Mas antes quero beber avidamente
a luz argêntea do luar,
deixar-me abençoar
pelo orvalho brando da manhã,
minha serena irmã
de olhos de cinza.
Mas antes quero beber a água cristalina
que cai da nuvem densa,
nuvem pesada, imensa,
que me parecia um gigante
quando eu era menina
e já sabia sonhar, fantasiar,
porque afinal,
sou hoje como era dantes. (…)"
Derrubem as muralhas que me cercam!
O sol anda lá fora,
a rir, a soluçar,
a amar e a sofrer
talvez, mas a viver.
Eu não quero morrer aqui metida,
banhada no silêncio frio da escuridão.
Nasci ave liberta…
quero voar,
quebrar as asas, adejar no espaço
e cair finalmente,
heroicamente,
de vez, aniquilada, fulminada.
E nunca de asas feridas, inúteis,
padecentes.
Mas antes, pairar alto
lá longe, onde voam as águias,
além, em plena altura!
Olhos postos no sol que me alumia,
nesse bondoso irmão que assim me beija
e que não me deseja
o corpo que banhou da luz mais pura.
Mas antes quero beber avidamente
a luz argêntea do luar,
deixar-me abençoar
pelo orvalho brando da manhã,
minha serena irmã
de olhos de cinza.
Mas antes quero beber a água cristalina
que cai da nuvem densa,
nuvem pesada, imensa,
que me parecia um gigante
quando eu era menina
e já sabia sonhar, fantasiar,
porque afinal,
sou hoje como era dantes. (…)"
Biografia AQUI
8 comentários:
Maravilhosa e intensa poesia.Adorei ler! bjs, chica
Fantástica maravilhosa poesia! Adorei
Beijos e bom Domingo.
Conhecia o nome, mas nunca lera nada dela... e gostei.
Complicado entrar nesta caixa de comentários, amiga.
Beijinho de feliz semana :)
Lindo poema escreveu,
por isso é que quer voar
se ave liberta nasceu
não se deixe encarcerar!
Tenha uma boa tarde amiga Elvira, um abraço,
Eduardo.
Lindo demais mesmo,querida amiga Elvira! Parece um clamor,um pedido para não ser aprisionada! Adorei e não conhecia a escritora.
Desculpe a demora na visita,mas estou só com o celular,sem computador e enxergando tudo mal e pequeno.
Obrigada pela visita e volte sempre.
Beijos sabor carinho e uma sexta e fim de semana de bênçãos!
Donetzka
Blog Magia de Donetzka
Um poema lindo de uma poetisa que ainda não conhecia.
Obrigado pela partilha.
Bom fim de semana
Beijinhos
Maria de
Divagar Sobre Tudo um Pouco
Um poema bonito e repleto de esperança...
O meu abraço
Para quem não sabe Alice Ogando Costa de Oliveira Brun (1900 - 1981) é avó da actriz Lídia Franco.
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