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domingo, 20 de setembro de 2009

GABRIELA MISTRAL


imagem da net

VERGONHA

Se tu me olhas, eu me torno formosa

como a erva a quem desceu o orvalho,

e desconhecerão minha face gloriosa

as altas canas quando baixe o rio.

Tenho vergonha de minha boca triste,

de minha voz rota, de meus joelhos rudes;

agora que me olhaste e que vieste,

me percebi pobre e me toquei desnuda.

Nenhuma pedra no caminho achaste

mais despida de luz na alvorada

que esta mulher a quem levantaste,

porque ouviste seu canto, o olhar.

Eu me calarei para que não conheçam

minha ventura os que passam pelo campo,

no fulgor que há em minha face tosca

e no tremor que há em minha mão...

É noite e desce à erva o orvalho;

olha-me fundo e fala-me com ternura,

que de manhã, ao descer ao rio

a que beijaste levará formosura!

Gabriela Mistral


Biografia

Gabriela Mistral foi o pseudónimo escolhido por Lucila de Maria del Perpetuo Socorro Godoy Alcayaga (Vicuña, 7 de Abril de 1889 - Nova Iorque, 10 de Janeiro de 1957). Poetisa, educadora, diplomata e feminista chilena, vencedora do Prémio Nobel da Literatura em 1945. Os temas centrais nos seus poemas são o amor, o amor de mãe, memórias pessoais dolorosas e mágoa e recuperação. Lucíla nasceu na cidade de Vicuña, Chile, em 7 de Abril de 1889. Seu pai abandonou a família quando Lucíla completou três anos de idade. A mãe de Lucila faleceu no ano de 1929 e a escritora lhe dedicou a primeira parte de seu livro Tala, a que chamou: Muerte de mi Madre. Educada em sua cidade natal, começou a trabalhar como professora primária (1904) e ganhou renome ao vencer os Juegos Florales de Santiago (1914) com Sonetos de La muerte, sob o pseudónimo de Gabriela Mistral,cuja escolha deu-se em homenagem aos seus poetas predilectos: o italiano Gabriele D'Annunzio e o provençal Frédéric Mistral.

Em 1922 é convidada pelo Ministério da Educação do México a trabalhar nos planos de reforma educacional daquele país. O Prémio Nobel transformou-a em figura de destaque na literatura internacional e a levou a viajar por todo o mundo e representar seu país em comissões culturais das Nações Unidas, até falecer em Hempstead, estado de Nova Iorque, nos Estados Unidos.

A notoriedade a obrigou a abandonar o ensino para desempenhar diversos cargos diplomáticos na Europa. Tida como um exemplo de honestidade moral e intelectual e movida por um profundo sentimento religioso, a tragédia do suicídio do noivo (1907) marcou toda a sua poesia com um forte sentimento de carinho maternal, principalmente nos seus poemas em relação às crianças. Em sua obra aparecem como temas recorrentes: o amor pelos humildes, um interesse mais amplo por toda a humanidade.


Biografia DAQUI



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AQUI

E

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VÃO ATÉ LÁ E NÃO SE ARREPENDERÃO

UMA BOA SEMANA A TODOS

10 comentários:

FERNANDINHA & POEMAS disse...

QUERIDA ELVIRA, GOSTEI DE FICAR A CONECER ESTA MAGNIFICA ESCRITORA... GOSTEI DA POSTAGEM!!!
UM BOM DOMINGO PARA TI AMIGA... ABRAÇOS DE CARINHO E TERNURA,
FERNANDINHA

Fernanda Ferreira - Ná disse...

Amiga Elvira,

Adorei o poema. É francamente lindo.
Qualquer mulher bem amada se sentirá sempre linda.

Obrigada por mais uma belíssima escolha.

Abraço

Sil disse...

Oi, Elvira!

Quanto ao seu comentário no meu blog, Fernando Campanella é um poeta (e dos melhores) da região de Pouso Alegre/MG, o conheci por uma amigo do Orkut. Estou mandando o link do seu Blog "Palavreares"...bom proveito...Beijuus!
http://fernandocampanella.blogspot.com/

Sonia Schmorantz disse...

Oi Elvira, outro belo poema! Quantas poetisas que o mundo precisaria conhecer mais!
Vim te desejar boa semana e te dar meu email: sch.sonia@gmail.com

beijos

mundo azul disse...

__________________________________


Lindíssimo esse poema!


Obrigada, Elvira, por compartilhar conosco...


Beijos de luz e o meu carinho!!!

_________________________________

EDUARDO POISL disse...

Lindo poema, o amor sempre deixa as pessoas mais lindas.
Abraços

pin gente disse...

tapo o rosto com as mãos quando me olhas.
coro, fixo o chão... na timidez de ti.
escondo-me das palavras que sem dizeres oiço.
recato-me num espaço que é só meu.
calo os gestos, tento aquietar o coração, aperto os lábios, firmo os pés num solo trémulo, enlaço os dedos numa encruzilhada... e ainda assim me entrego nua nos teus braços.



um beijo e obrigada por toda a sua ajuda, elvira!
no porto correu tudo muito bem... preparo-me para lisboa.
luísa

Menina do Rio disse...

Um poema belo, no qual a personagem não deveria sentir vergonha e sim orgulho pela formosura.
Não conhecia a autora.

Beijinhos pra ti, querida

Mare Liberum disse...

Gostei muito do poema. Fiquei curiosa por saber mais sobre esta escritora.

Bem-hajas!

Beijinhos

Deusa Odoyá disse...

Olá minha doce amiga.
Adorei o poema.
Lindo...
Gostaria de mais informções sobre ela.
Uma semana de muitas realizações e paz.
Beijinhos, minha linda amiga.
Regina Coeli.