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sexta-feira, 16 de outubro de 2020

BRUNA BEBER



As avós e as tias



durante toda minha caminhada
pela bola que uns chamam
de terra e outros de água
ou como carinhosamente
já apelidaram um amigo
balofo no colégio
só consegui
tomar posse
de uma certeza
e por isso gostaria
de dividi-la passem
para os seus filhos:
não há
sequer 
um ser 
humano que caminhe
pela bola – há quem
a diga achatada –
que não tenha
não teve
ou nunca terá 
uma 
toalha 
bordada
é importante 
que seus filhos
passem pros deles
essa verdade
mas se não tiverem
filhos netos tudo bem
sempre terão toalhas
bordadas.



- Bruna Beber, no livro "Rua da PadariA". Rio de Janeiro: Editora Record, 2013.


Biografia AQUI


14 comentários:

" R y k @ r d o " disse...

Poetricamente sedutor de ler
.
Saudações amigas

Maria Rodrigues disse...

Excelente escolha, lindo poema.
Beijinhos

Roselia Bezerra disse...

Olá, querida amiga Elvira!
Hoje mesmo eu vi um jogo de toalha da filha que ganhou com 15 anos e que mandei bordar.
As tias têm mãos de fada.
Tenha um final de semana abençoado!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem

Lua Singular disse...

Oi Elvira.

Sei fazer muitos trabalhos manuais, mas faz tempo que nada faço, dói meus braços.
Só não aposentei do blog por enquanto.
Gostei
Beijos
Lua Singular

" A primeira toalha que aprendi a bordar foi no 4º no primário, qualquer dia vou postar a foto, nunca lavei, nunca usei.Linda."

Lua Singular disse...

Elvira

0 futuro somos nós que o fazemos, mas muita coisa depende da família.
Podemos mudar? Sim, com certeza.
LUA SINGULAR

Alice Alquimia disse...

Que bonita publicação.

Ulisses de Carvalho disse...

que interessante encontrar um poema da Bruna por aqui! um abraço.

MARILENE disse...

Gostei demais de sua escolha. Um poema delicado e belo. Imediatamente me lembrei das toalhas bordadas que tenho, feitas por minha mãe, que era muito prendada. Linda semana para você! Bjs.

Toninho disse...

Delicadeza de poema.
Elas são presenças que agradam e carregam histórias de afetividade dedicação e arte.
Muito bonito Elvira sua sensibilidade na escolha.
Carinhoso abraço.

Olinda Melo disse...


Poema lindo que lembra ambientes cálidos
e de pertença.

Gostei muito, Elvira.

Beijo
Olinda

vieira calado disse...

Olá, Elvira!

Não conhecia a poetisa.

Obrigado!

Um bom dia para si!

São disse...

Gostei de conhecer mais uma escritora.

Beijinho e tudo de bom

Lua Singular disse...

Oi Elvira
O após a morte ninguém conhece: Acredito em Deus O qual tem uma paciência danada de nós, mas na hora que ele se irritar: coitados dos .
Beijos
Lua Singular

ROSELINE DAVIDSON disse...
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