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sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

INGRID MORANDIAN








Da sala

Por dentro um silêncio incomodo,
da janela vi uma mulher arrastando garrafas
numa noite fotográfica

por hábito, abandono os dias medíocres nas fendas do chão
enquanto não ouço vozes
enquanto não arranco as minhas asas

por fora, várias vezes absorvi um turbilhão de sons
e perdi a retaguarda, o prolongamento dos tendões
sequer alcançou os joelhos

por alguma razão, a cortina regula a luz de fora,
e nas paredes, projeções surrealistas
bordam o esvaziamento de garrafas



Biografia AQUI

18 comentários:

Os olhares da Gracinha! disse...

Gostei do olhar e do texto que é bem interessante!!! Bj

Majo Dutra disse...

Bela foto...

A poesia traduzida fica diferente...

Pars mim, é um tanto soturno.

Tudo pelo melhor.

Abraço
~~~

O meu pensamento viaja disse...

Feliz ano, Elvira. Beijinhos

Olinda Melo disse...


Olá, Cara Elvira


Gostei de conhecer esta autora.
Um poema que nos leva a reflectir
sobre a vida.

Beijo

Olinda

Isamar disse...

Olá Elvira,
Adorei o novo layout do blog, está lindíssimo!
Gostei bastante deste poema. Obrigada pela partilha de autoras tão talentosas.
Beijinhos

Daniela Silva disse...

Têxtil belíssimo

Lucinalva disse...

Olá Elvira
Texto interessante, um forte abraço.

Manuel Veiga disse...

gostei muito do poema, Elvira
uma excelente partilha.

procurarei conhecer a Poeta,

beijo

Roselia Bezerra disse...

Boa noite, querida amiga Elvira!
Gostei do barulho das garrafas a simbolizar quem a esvazia e o porquê.
Tenha dias abençoados!
Bjm carinhoso e fraterno

Ulisses de Carvalho disse...

Um poema de força imagética!

Um abraço.

Marta Vinhais disse...

A vida e os seus contrastes....
Não conhecia a poetisa...
Obrigada pela visita...
Beijos e abraços
Marta

silvioafonso disse...

Elvira, meu amor. Obrigado por tudo,
principalmente pelo colorido que deu
à minha página em 2019. Um beijo,
parabéns pela escrita e, te amo.

O meu pensamento viaja disse...

Obrigada pela dica, Elvira. Vou experimentar o tal chazinho.
Boa semana
Beijinhos

manuela barroso disse...

Belíssima escolha !
Beijinho Elvira

HD disse...

Casa nova com janelas coloridas para o mundo virtual... :-)
Abraço

CÉU disse...

Olá, estimada Elvira!

Estive pesquisando sobre esta poetisa, que desconhecia, e soube que era brasileira, mais propriamente de S. Paulo.

Estive a ler alguns poemas da autoria dela, mas pareceram-me um tanto complicados, e, demasiado eruditos. Eu gosto de poesia, que a gente leia e perceba e a dela é mto "caro" e surrealista, até.

Do poema dela, que aqui postou, verifico uma movimentação, que se observa a partir de uma sala, feita por uma mulher, que arrasta garrafas. Estaria a catar o lixo ou seria a sua profissão? Ainda bem que a autora enterra os dias menos bons no chão e a vida segue, mas, na prática, não será bem assim para outras mulheres, especialmente no Brasil.

Beijos para todos. Boa semana.

Lua Singular disse...

Oi Elvira
Linda poesia!
Um pouco triste
Beijos no coração
Lua Singular

Jorge Sader Filho disse...

Gosto da sua poesia, Elvira! É sempre limpa e muito verdadeira.
Beijo.