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segunda-feira, 4 de novembro de 2019

MARIA ÂNGELA ALVIM


A VOLTA

Tão só em prosseguir busquei sentido
e o caminho é sem regresso a quem caminha
por nenhum instinto além reconhecido.
Espaço meu ou de loucura, era sozinha.

Vinha de não sei onde, lar perdido
de mim mesma, ou infância. Vinha
quando apenas vi que recobrara o ido
antigo estar em tal estância, minha.

E tudo que abandonei, o a que deu termo
muda solidão pairando em grito ermo,
largo deserto visto em falso medo,

tudo que abandonei, faz companhia.
Enquanto, indo, um ocaso brando me assistia
eis que amanheço em mim, volto a ser cedo!





Biografia  AQUI



2 comentários:

Os olhares da Gracinha! disse...

Gosto do poema e gostei de conhecer! Bj

Tais Luso de Carvalho disse...

Sempre gosto do que escolhes para postar.
Poema um pouco sofrido , mas não quer dizer que seja algo biográfico. Inspirações... Ou não.

Beijo, Elvira