era o som da água da noite
era o som da água da noite
entrava no quarto e cantava
através
de uma voz ausente
ao longe era um sino e um aquário
- que segurava entre mãos -
tão alvo,
tão incandescente,
que derramava ouro pelo chão
vinha com um nome de água numa ânfora azul
descendo um rio lilás
na agonia de um relâmpago
e era um muro de luz onde floriam sílabas exatas
atravessava minha mão cheia de sombras
num girassol verde
dentro de suas máscaras há um silêncio perfeito
maria azenha
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Biografia AQUI
10 comentários:
Mais uma linda poesia trouxeste.Gostei! bjs, chica
Que lindo :*
https://a-cacheada.blogspot.com.br/
Maravilhoso!
Beijos
Mais uma poesia, mais uma ótima escolha.
A calma de um aquário nas mil cores da memória
Beijinho Elvira!
Sempre lindas poesias no seu blogue.
Bom fim-de-semana Elvira!
Beijinhos
Fiquei encantada com a imagem do céu!
Sobre as romãs, ainda tenho dúvidas quando é para colher... Colhi uma mas não estava no ponto ainda. Se puder me explicar, agradeço. Fora isso, a fruta é só sementes... nunca tinha provado.
Abraços e feliz final de semana.
Linda demais,querida amiga Elvira.
Mais uma pérola que eu não conhecia.Um jeitinho todo especial e diferente de poetar.
Beijos sabor carinho e feliz domingo.
Donetzka
Blog Magia de Donetzka
Mais um poeta que desconhecia.
Sabe muito bem pintar com as palavras.
Vou agora ver a biografia.
Um beijinho amiga Elvira e boa semana
Olá, estimada Elvira!
Não conhecia a poetisa, nem nunca tinha ouvido falar do nome dela, mas a ser o real, acho-o muito apelativo, mto terra, mto solo e invulgar.
Pois, com Azenha no apelido, é natural que a escritora fale de água, de mar, de aquários, de movimentação e quase sempre empregue os verbos no tempo passa, pke as azenhas já são "coisa" do passado. Talvez, lembranças! Quem sabe!
Este poema (já estive a ler outros, tal como a Biografia dela) não é fácil de interpretar, em comentar, mas, dizem as pessoas k só os poetas, especialmente os eruditos, sabem o k escrevem e sobre o k escrevem. Acredito bem que sim, mas como tb dizem k o poeta é um fingidor, acabo por não ficar a conhecer os verdadeiros estados de espírito deles, k só a eles diz respeito, isso é verdade.
Voltando ao poema de Maria Azenha, julgo que se misturam, aqui, recordações de um tempo, de uma noite k já se foi, mas mto rica em visões e sensações. Um sino (aldeia), uma ânfora azul, um rio lilás, um muro de luz e sombras num girassol verde, não é para todos, contudo nas máscaras, naquelas que mtos usam, havia um silêncio aprazível, perfeitamente mudo e agradável.
Beijos e dias felizes.
A obra de Maria Azenha fala por si.
Sobre a poeta - https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Maria_Azenha
Agradecimento.
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