ir ao fundo
tem nos olhos a certeza
aposta firme na boca
rude descrença na reza
Quem viu barcos trazer escravos
munições e artifícios
figueira brava na costa
açoite preso no riso
Quem viu barcos
magoá-lo,
ferros, lavas e palmeiras
descrê santos e novenas
,
,
nega laços, destrói cercos
,
,
toma ventos por lareiras.
5 comentários:
Fabuloso, este poema! Amei
Bom fim de semana.
Beijo
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Bonito poema!
Isabel Sá
Brilhos da Moda
Lindo blog e lindo fado! Parabéns!
Quem viu barcos afundar
Sem, pois, não ter naufragado
Teve por destino ou fado
Sorte de bem navegar.
Quem naufragou sem ver mar
Voltou-se à viola e ao fado
Por tristeza do pecado
De não saber se portar.
E canta o fado com encanto
De um pecador que hoje é santo
Pelo fado de cantar
E levar a todo o canto
A cantiga de seu pranto
Em versos que inundam o ar.
Parabéns! Abraço fraterno. Laerte (Silo).
Olá, estimada Elvira!
Não conhecia a escritora, e apenas o apelido dela me pode remeter a alguém.
Uma poesias, pouco fácil, mas não de todo impossível de comentar.
De facto, a vida é um fado, e "quem nasce malfadado, melhor sorte não terá", cantava Amália.
Não sou pessimista, por natureza, portanto, acho que o destino é quase sempre feito por nós, na sua maioria, portanto, para mim, lareiras são lareiras e ventos são ventos.
Beijos e tudo de bom para vocês.
Que lindo poema,querida amiga Elvira!
Descobri esse seu outro espaço,amei e já vou colocar na minha lista de blogs para receber atualizações.
Já a sigo aqui também.
Obrigada pelas visitas!
Uma semana de paz profunda.
Beijos sabor carinho
Donetzka
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