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sexta-feira, 11 de novembro de 2016

FÁTIMA MALDONADO










Um Fado


Quem viu barcos

ir ao fundo

tem nos olhos a certeza

aposta firme na boca

rude descrença na reza


Quem viu barcos trazer escravos

munições e artifícios

figueira brava na costa

açoite preso no riso


Quem viu barcos

magoá-lo,

ferros, lavas e palmeiras

descrê santos e novenas
,
nega laços, destrói cercos
,
toma ventos por lareiras.








Biografia AQUI

5 comentários:

Cidália Ferreira disse...

Fabuloso, este poema! Amei


Bom fim de semana.
Beijo

http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/

Isa Sá disse...

Bonito poema!

Isabel Sá
Brilhos da Moda

SILO LÍRICO - Poemas, Contos, Crônicas e outros textos literários. disse...

Lindo blog e lindo fado! Parabéns!

Quem viu barcos afundar
Sem, pois, não ter naufragado
Teve por destino ou fado
Sorte de bem navegar.

Quem naufragou sem ver mar
Voltou-se à viola e ao fado
Por tristeza do pecado
De não saber se portar.

E canta o fado com encanto
De um pecador que hoje é santo
Pelo fado de cantar

E levar a todo o canto
A cantiga de seu pranto
Em versos que inundam o ar.

Parabéns! Abraço fraterno. Laerte (Silo).

CÉU disse...

Olá, estimada Elvira!

Não conhecia a escritora, e apenas o apelido dela me pode remeter a alguém.

Uma poesias, pouco fácil, mas não de todo impossível de comentar.
De facto, a vida é um fado, e "quem nasce malfadado, melhor sorte não terá", cantava Amália.

Não sou pessimista, por natureza, portanto, acho que o destino é quase sempre feito por nós, na sua maioria, portanto, para mim, lareiras são lareiras e ventos são ventos.

Beijos e tudo de bom para vocês.

Donetzka Cercck L. Alvarez disse...

Que lindo poema,querida amiga Elvira!

Descobri esse seu outro espaço,amei e já vou colocar na minha lista de blogs para receber atualizações.

Já a sigo aqui também.

Obrigada pelas visitas!


Uma semana de paz profunda.

Beijos sabor carinho

Donetzka