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domingo, 10 de dezembro de 2023

NATÁLIA CORREIA - FALAVAM-ME DE AMOR

 


Falavam-me de Amor

Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,

menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.

Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.

O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.

– Natália Correia, em ‘O Dilúvio e a Pomba’.

6 comentários:

Juvenal Nunes disse...

O texto reflete, por si só, toda a superior qualidade de Natália Correia.
Tendo verificado o seu gosto pelos poemas de Natal gostaria de a convidar a participar em

POEMA DE NATAL

Abraço natalício
Juvenal Nunes

Roselia Bezerra disse...

Bom domingo de paz, querida amiga Elvira!
Um belo poema onde não refletimos que não devemos estar acostumados com o espírito natalino da atualidade que destoa muito do verdadeiro sentido do Natal do Menino Deus.
O amor era falado e vivido integralmente.
Tenha uma nova semana abençoada!
beijinhos com carinho fraterno

Cidália Ferreira disse...

Um poema tão bonito!! Obrigada pela partilha :)
.
É preciso caminhar para chegar à luz.

Beijos e um ótimo Domingo.

Graça Pires disse...

Magnífico este poeta de Natália Correia. Dos mais bonitos poema de Natal que tenho lido. Obrigada, minha Amiga Elvira.
Só volto para o ano.
Desejo-lhe um Natal cheio de Amor e uma ano de 2024 com saúde e paz.
Um beijo.

J. S. Vila disse...

Un bello poema, tierno, delicado e inspirado.

Magda Carvalho disse...

Que poema tão bonito de se ler :)
https://retromaggie.blogspot.com/