Estranho ofício este
navegar
o rio da palavra portentosa
pelas frestas deslumbradas
dos olhos. Ser nau
soçobrada no muro, rede na areia
pura, ouro decantado
da sombra. Sabemos
dos fogos altos, da luz arremetida
à órbita dos braços, do poder da raiz.
Dos leitos fechados do tempo
que gritam êxtases.
As palavras que escrevo
tocam mãos em outras mãos,
quando de meus dedos transborda a espuma.
Desço em ti, fonte luminosa,
maresia, fio inacessível,
nocturno espelho
do encontro
És a viagem alva dos crescentes
com o sangue da lua ainda fixo no ocaso.
Mordem-se espelhos
Seremos mar
nas noites, seremos
dança,
o diamante que se verte no recesso curvo,
o verso líquido
O mar chove-nos o sal todo:
sou uma partícula de luz
agarrada à pele da tua garganta
Biografia AQUI
6 comentários:
Inspirada e linda poesia da Ana! Gostei! beijos, lindo dia! chica
Maravilhosa inspiração. Adorei
Beijo e uma excelente tarde
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Que belo e intenso poema amiga Elvira.
Desconhecia esta artista plástica e poeta que tem a capacidade de nos prender ao seu poema do princípio ao fim.
Obrigada pela partilha.Somos realmente um país de poetas!
Um beijinho
Fê
Risco e intenso poema. Obrigada pela partilha.
Beijo*
Excelente escolha, belissimo poema.
Bom domingo
Beijinhos
Maria
Oi Elvira
Tem bom gosto
Adorei a poesia
Feliz dia das mães
Beijos
Lua Singular
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