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segunda-feira, 15 de junho de 2009
ANGELA MELIM
foto da net
UM NAVIO
A solidão é um navio.
Só o que me move é a pá da solidão
o leme.
Se não gozo
suspiro
cristas suspensas
pedras de sal
fiapos de mar –
a maior boca
a mais
voraz.
Mas no seu fundo longínquo
âncora
os leitos de areia e seus lençóis limpíssimos
os peixes cegos
a paz.
Biografia
Angela Melim , nasceu em Porto Alegre em 1952, e vive no Rio de Janeiro, onde trabalha como tradutora e redactora.
Tem diversos livros publicados entre os quais :
"O vidro o nome" 1974
"Das tripas coração" 1978
"As mulheres gostam muito" 1979
"Vale o escrito" 1981
"Os caminhos do conhecer" 1981
"O outro retrato" 1982
"Poemas" 1987
"Ainda ontem" 1991
"Possibilidades" 2006
"Mais dia menos dia" 1996
Biografia composta a partir DAQUI
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6 comentários:
Adorei as comparações que a minha xará faz-solidão com o navio. Quando olho um navio ao longe sempre o achei muito solitário.
Beijos no teu coração.
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Um belo poema!!!
Parabéns à autora e obrigada por compartilhar conosco, amiga...
Pode usar o soneto, sim!
Beijos de luz e o meu carinho...
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A vida é um incêndio:
nela dançamos,
salamandras mágicas
Que importa restarem cinzas
se a chama foi bela e alta?
Em meio aos toros que desabam,
cantemos a canção das chamas!
Cantemos a canção da vida,
na própria luz consumida...
(Mário Quintana)
Desejo um lindo resto de semana com muito amor e carinho.
Abraços Eduardo Poisl
Se considerarmos que solidão não é necessariamente estar só, então tem mesmo a ver com um navio, pois mesmo habitado por marinheiros e viajantes, sempre o avistamos a sós ao mar...
Fica um beijo pra ti, Elvira
Excelente! navega nas águas puras e transparentes da classe e do èxtase!
É.... a solidão é isso e tanta coisa mais por vezes nos sentimos tão sós...outras nos faz bem, nos podemos encontarar...
Beijinho prateado
SOL
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