PAPOULAS EM JULHO Ó papoulinhas, pequenas flamas do inferno, Então não fazem mal? Vocês vibram. É impossível tocá-las. Eu ponho as mãos entre as flamas. Nada me queima. E me fatiga ficar a olhá-las Assim vibrantes, enrugadas e rubras, como a pele de uma boca. Uma boca sangrando. Pequenas franjas sangrentas! Há vapores que não posso tocar. Onde estão os narcóticos, as repugnantes cápsulas? Se eu pudesse sangrar, ou dormir! Se minha boca pudesse unir-se a tal ferida! Ou que seus licores filtrem-se em mim, nessa cápsula de vidro, Entorpecendo e apaziguando. Mas sem cor. Sem cor alguma.
Sylvia Plath Biografia AQUI |
Postagem programada. Estou ausente até dia 17.
7 comentários:
Adorei a publicação! :)
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Olho o horizonte e sinto a melancolia
Beijos. Bom fim de semana
A papoula é das flores mais belas que existe. Pura, frágil, repleta de ternura e cor.
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Feliz fim de semana. Cumprimentos.
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Um belíssimo poema de uma das minhas poetisas de eleição.
A prosa de Sylvia Plath expressa a sensibilidade extrema da autora.
Uma escolha que aplaudo! Muito belo e rico o poema! Bjs.
Adoro o olhar e gosto do poema...👏💞
lindo poema te mando un beso.
Um poema expressivo e belo
Um beijo querida Elvira
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