Falavam-me de Amor
Quando um ramo de doze badaladas
se espalhava nos móveis e tu vinhas
solstício de mel pelas escadas
de um sentimento com nozes e com pinhas,
menino eras de lenha e crepitavas
porque do fogo o nome antigo tinhas
e em sua eternidade colocavas
o que a infância pedia às andorinhas.
Depois nas folhas secas te envolvias
de trezentos e muitos lerdos dias
e eras um sol na sombra flagelado.
O fel que por nós bebes te liberta
e no manso natal que te conserta
só tu ficaste a ti acostumado.
– Natália Correia, em ‘O Dilúvio e a Pomba’.
5 comentários:
A sabedoria poética da nossa poetisa num soneto de grande classe.
Soneto deslumbrante que me fascinou ler.
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Um dia feliz … boas festas natalícias
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Pensamentos e Devaneios Poéticos
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Belíssimo soneto de Natália Correia.
Beijinhos
Um poema tão bonito!! :))
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Recantos silenciados pela natureza
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Votos de um dia feliz. Beijos.
Um belo poema de Natal.
Abraço
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