tenho urna pilha de nervos para resolver
Multa parafernalha solta na cabeça:
É prego
É pobre
É problema
pego o prego para começar
Bata! bato, bato... sem martelo ele não entra
-Parafuso pode ser?
para tudo, rodar deixa confuso
Tonto, com o fuso todo desnorteado
vejo a pilha, vejo o prego, não vejo o martelo e não quero
o parafuso
Pronto. Recomeçando...
Ser pobre é um problema!
tem que fazer, tem que comer, tem que dormir,
não tem nada nas mãos.
— Um martelo ajudaria!
não tem martelo não senhor, nem em mãos nem na estória.
o Senhor está no céu, junto dele quem mais? A família,
os fiéis amigos...
eu não sou Senhor, sou Sozinho, filho da terra e é para
lá que eu vou.
Na terra tem tudo.
— puxa vida!
Puxa, puxa a vida que ela vem.
Vida pesada essa.
tenho dor nas costas, calos nos pés, mas tenho voz, tenho a força
que me resta
dessa vida que eu já puxo há 56 anos completados no dia de hoje. passo a passo vou mais adiante, passo por poças, fundo de poços,
perto, longe
passo por pontes e montes.
junto problemas, resolvo, junto mais problemas que antes.
A cabeça funciona, mas com muita parafernalha - prego, pobre,
ponte, passos —
Multa parafernalha solta na cabeça:
É prego
É pobre
É problema
pego o prego para começar
Bata! bato, bato... sem martelo ele não entra
-Parafuso pode ser?
para tudo, rodar deixa confuso
Tonto, com o fuso todo desnorteado
vejo a pilha, vejo o prego, não vejo o martelo e não quero
o parafuso
Pronto. Recomeçando...
Ser pobre é um problema!
tem que fazer, tem que comer, tem que dormir,
não tem nada nas mãos.
— Um martelo ajudaria!
não tem martelo não senhor, nem em mãos nem na estória.
o Senhor está no céu, junto dele quem mais? A família,
os fiéis amigos...
eu não sou Senhor, sou Sozinho, filho da terra e é para
lá que eu vou.
Na terra tem tudo.
— puxa vida!
Puxa, puxa a vida que ela vem.
Vida pesada essa.
tenho dor nas costas, calos nos pés, mas tenho voz, tenho a força
que me resta
dessa vida que eu já puxo há 56 anos completados no dia de hoje. passo a passo vou mais adiante, passo por poças, fundo de poços,
perto, longe
passo por pontes e montes.
junto problemas, resolvo, junto mais problemas que antes.
A cabeça funciona, mas com muita parafernalha - prego, pobre,
ponte, passos —
Solta.
solto meu corpo...pesado!
meus olhos arregalados. Pisante do mundo, que anda
para a terra, é assim:
Daqui para frente é o resto da vida.
Biografia AQUI
solto meu corpo...pesado!
meus olhos arregalados. Pisante do mundo, que anda
para a terra, é assim:
Daqui para frente é o resto da vida.
Biografia AQUI
7 comentários:
Um poema moderno e um pouco rebelde.
Estive a ver outros da autora e são muito pessoais e originais.
Um beijinho grato por ter participado no meu desafio e uma boa semana amiga Elvira
Gostei de ler ,um tipo diferente de poetar! bjs, chica
Maravilhosamente bem escrito!
Beijo de boa noite.
http://coisasdeumavida172.blogspot.pt/
Lindo poema, não conhecia a poetisa, obrigado pela partilha
Beijinhos
Maria
Que belo e diferente poema,querida amiga Elvira!
Descobri esse seu outro espaço maravilhoso e já a sigo aqui também.
Ele irá para a lista de meus blogs favoritos à direita do meu.
Assim receberei suas atualizações,certo?
Parabéns, pelo espaço excelente,amiga.
Obrigada por sempre me visitar prestigiando o que publico.
Um feriado de Paz Profunda!
Beijos sabor carinho
Donetzka
Blog Magia de Donetzka
Olá, estimada Elvira!
Como está, como estão todos vocês?
Agradeço a sua visita e palavras deixadas no meu blogue.
Não conhecia esta escritora, ainda nos trintas e picos, mas percebi, de imediato, k se tratava de uma brasileira, pela forma como escreve e pela descrição k faz do cotidiano.
A poesia tem sempre valor para quem a escreve, mas eu, pessoalmente, não fiquei encantada com a escrita dela. Já estive a ler outros poemas de Aline, que me parecem, um pouco, mais "equilibrados". Pois tem "urna" pilha de nervos para resolver. Bem, eu pensei k tivesse sido engano e k "urna" pudesse ser uma, mas talvez seja um regionalismo, lá do nordeste. É k ter "urna pilha de nervos para resolver" é mto mais grave e tétrico do k ter UMA pilha de nervos para resolver.
Este poema descreve-nos a raiva que a autora sente por tanto k tem para fazer e resolver, mas falta-lhe quase tudo, ou melhor, pode não faltar a ela, mas a mtas pessoas k ela conhece. É um escrito cheio de trocadilhos, com alg. inteligência e um tanto contraditório.
Biografia AQUI não funciona, Elvira, mas eu fui procurar e fiquei a saber que a escritora está ligada às Artes. Só podia! Nunca sabem bem o k querem.
Beijos e um bom fim de semana!
Lindo e diferente seu poema querida Elvira!!
Feliz Páscoa para vocês!!
Beijinhos no coração e grata por sua doce visita. 🌹🍃🌿🍀⚘🌻🌺🌷
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